Advogado condena “atuações circenses” de membros do Ministério Público


O advogado Alberto Jorge, coordenador de comissões da OAB Campina Grande, fez uma crítica acerba a determinados aspectos da atuação do Ministério Público, citando como exemplo o que considera a espetacularização de alguns atos. “Aquele que faz parte do MP tem que se preocupar mais com o seu trabalho e um pouco menos com atuações circenses; tenho muito medo de atuações circenses”, disse.

Um dos pontos concretos apontados criticamente pelo advogado está nas coletivas de imprensa realizadas pelo MP durante operações para prisão de investigados. “Essas megaoperações, eu tenho muito medo quando vejo, por exemplo, a operação é às 5h da manhã aí, quando são 9h30, é uma grande mesa, com dez cadeiras e um monte de gente para emprestar essas informações à sociedade”, comentou.

“Isso me preocupa porque do outro lado estão cidadãos, estamos numa fase pré-processual e há a exposição desse investigado, que é investigado e não condenado ainda, e deveria haver mais prudência. Não precisaria coletiva para explicar nenhuma operação”, afirmou, ainda.

Alberto Jorge, contudo, destacou a importância do Ministério Público e ponderou que sua crítica se dirige a condutas de alguns membros do chamado Parquet. “Não faço nenhuma crítica à instituição MP. Agora, percebemos algumas atuações de membros que nos preocupam. Mas, são críticas que eu faria a membros da magistratura, membros da advocacia, e não à instituição. Mas, a função institucional do MP é inquestionável”, complementou.

As declarações foram dadas durante entrevista ao Jornal Integração da rádio Campina FM. Você pode ouvir o trecho clicando aqui (a partir de 1 hora e 15 minutos do podcast).

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