Onde mensalão fica impune, criticar jogador que não joga, seleção que não vence e copa superfaturada é antipatriótico

Como não faltava mais nada, inventaram essa. A chamada grande mídia, praticamente sem nenhuma exceção, resolveu tratar o jovem jogador Neymar, agora no poderoso Barcelona, como uma espécie de ídolo intocável, acima do bem e do mal.

Se o craque não faz uma boa partida há tempos na seleção, se cai mais do que joga, se é apagado em campo, lá está sempre uma justificativa pronta: é o cansaço, a marcação, o gramado, o meio de campo que não passa a bola, o calor, o frio, a altitude, a trave, o azar, a chuteira...

A estranha sandice chegou ao ponto de, mais recentemente, um jornalista esportivo de um grande portal tratar as críticas de torcedores a Neymar como uma prática “mórbida” (???). Torcedores, que, por sinal, pagaram ingressos que custaram os olhos da cara para ver uma seleção que está longe de encher os olhos.

Neymar virou quase uma vítima. Virou um pobre rapaz multimilionário, podre de rico, mas incompreendido. É um coitado porque tem a agenda muito lotada, joga duas vezes por semana, treina quase todos os dias, por alguns milhões. Quem é o sujeito assalariado, que trabalha só oito, dez, doze horas por dia, afora o tempo perdido no busão, para criticar esse jovem brilhante?

Coitado! É querer demais que um jogador, tido craque, tido o maior craque do país que produziu gênios do futebol, simplesmente jogue, simplesmente participe do jogo, simplesmente fique em pé em campo!

Agora, uma parte dessa chamada grande mídia, notadamente aquela que mais se beneficiará com a Copa, deu para aduzir que o torcedor deve compreender e apoiar incondicionalmente uma seleção que registra os piores fiascos da história do futebol brasileiro. O povo não deve criticar, vaiar, xingar. Tem que apoiar. Perdendo ou perdendo!

E mais! Tem que ficar feliz porque vamos sediar a copa. Sim! É coisa de gente negativista, de inimigos da pátria falar mal da copa. O que é que tem se estão superfaturando obras como nunca? O que é que tem se a dinheirama torrada num evento de um mês daria para construir meio mundo de estradas, escolas e hospitais? O que é que tem? Não pode criticar. É feio. É antipatriótico. A onda é essa.

Baboseiras sem tamanho de uma democracia que quer impedir o povo de pensar, de reagir, de discordar, de não ir com a onda. De uma democracia onde conceitos trabalham tanto quanto em qualquer ditadura para se impor, mas, ao invés da violência abrupta, pela estratégia lenta da doutrinação e da dominação.

Um país ao estilo do PT, em que se deve fechar os olhos para o mensalão, para os bandidos condenados pelo STF, para as tramamocas palacianas, em nome de um suposto desenvolvimento social à base de bolsa família e cotas universitárias. Um Brasil de um novo verde e amarelo: verde de asco, amarelo de vergonha!


1 Comentários

Anônimo disse…
Um povo burro e atrasado merece sofrer. Não podemos perder tempo com porcaria de seleção que não serve para nada.
No dia que esse povo deixar de ser retardado e burro? Se fará que acontece na Turquia por que o povo lá não é covarde e não tem medo de exercito e polícia.