O PT estadual promoveu, neste fim de semana, uma série de plenárias em vários municípios paraibanos. Em Campina Grande, o encontro aconteceu no sábado à tarde, na Câmara Municipal. De acordo com declaração do presidente Rodrigo Soares no site oficial do PT paraibano, as plenárias tiveram por objetivo “escutar as instâncias municipais, os movimentos sociais e populares, a base do partido, debater temas estratégicos, preparando-nos para uma ação unificada em todo o estado, fortalecendo os diretórios municipais, lideranças locais e a militância”.
Trechos como “escutar as instâncias municipais” e “ação unificada em todo o estado” soam como uma profunda ironia diante do que acabaria acontecendo em Campina Grande, onde boa parte dos petistas simplesmente torceu o nariz para a plenária e não pisou na Câmara. Detalhe: até mesmo o presidente da legenda no município, Alexandre Almeida, recusou-se a comparecer ao encontro convocado por Rodrigo Soares. Que bela unificação!
A principal queixa dos ausentes era que o diretório estadual teria planejado a realização das plenárias nos municípios sem se dar ao trabalho de consultar as direções municipais, o que, segundo garantem, costuma ser praxe na relação entre as duas esferas do partido. Para setores da legenda, caso da irrequieta tendência “Grupo de Resistência Petista”, o encontro convocado por Rodrigo estava mais para uma reunião do “Coletivo Celso Furtado”, grupo do qual faz parte o presidente estadual, do que para um evento do partido.
Só mesmo os petistas para conseguirem separar uma coisa da outra. Diante de tamanho rebu, o tema central das plenárias se apresenta como uma espécie de tenebroso vaticínio do que o partido da estrela tem pela frente: “Paraíba em debate: debatendo nossos desafios”. Rodrigo Soares com certeza já sabia, mas este fim de semana deve ter reforçado em sua mente uma certeza inexpugnável: a meta de unificar o PT está na proporção dos doze trabalhos de Hércules. Na verdade, é uma missão impossível.
Publicado o Diário da Borborema desta segunda
5 Comentários
Embora eu também tenha sentido a falta do presidente do DM e do vereador Peron, suas faltas foram justificadas em função de compromissos anteriores. Assim, Alexandre Almeida não se recusou a ir ao encontro, como sugere a matéria, não foi porque não tem o dom da onipresença. É claro que quem não foi ao encontro não poderia saber disso. Nem pode saber o que foi discutido lá, democraticamente, como é próprio de nossa cultura partidária.
Abraços
Lenildo
saudações democráticas
falei pessoalmente com pres Alexandre e com vereador Peron e foram justificadas a ausência dos mesmos... aliás ainda em maio teremos outra atividade do PT em Campina Grande visando avançar nas tarefas de 2011 e 2012, temos conversado muito com a direção municipal de Campina Grande e de outros municípios para avançar na unidade na ação política e isso interessa a todos que querem um PT forte...quero aproveitar aqui para saudar o prof. Marcio Caniello e sua serenidade em seus comentários... boa noite a tod@s e uma ótima páscoa.
@ptrodrigosoares
Vejam só: Julio Rafael esteve no Encontro (dormiu a maior parte do tempo) em compensação companheiros dirigentes de Campina que fazem parte do seu agrupamento não se fizeram presentes. Wallene e Zizo estavam no Encontro, no entanto, as lideranças de Campina que integram o grupo de Luiz Couto, também não se fizeram presentes. Não se fizeram presentes ao Encontro Renato Gadelha, Eliomar, Perón, Alexandre Almeida, Tico Lira, o Grupo de Resistência Petista, Eurivaldo Araujo, Gustavo Pontinelle, Flavia Pontinelle, Charles Moura, Peu, Rosário e tantas outras lideranças do PT de Campina Grande, e digo com toda a segurança todos estes companheiros querem o crescimento do PT. Agora o que não podemos aceitar é que uma tendência fique ditando as regras e tachando quem for contrario de inimigo do PT.
E outra, a bem da verdade muitos destes que vieram da capital, vieram mais a passeio do que propriamente para pensar em construção do PT, basta apenas olharmos as fotos do evento para ver o tamanho da atenção de alguns. Pior que a ausência dos dirigentes de Campina, é a não realização de Encontros do Diretório Estadual, estamos há vários meses sem realizarmos uma reunião do Diretório Estadual, a continuar assim essa gestão de Rodrigo vai entrar pra historia como a gestão que menos reuniu o Diretório Estadual, os que querem construir o partido deveriam pensar nisso, eu estou pensando!
Saudações petista
Vladimir Chaves
Diretório Estadual do Partido dos Trabalhadores