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A disputa, porém, foi acirrada, vencida apertadamente no segundo turno. Hoje, Roberto Paulino considera que, mesmo tendo perdido, venceu. “Numa eleição que se perde por uma diferença pequena como aquela a gente tem que se ver como vencedor”, afirma. Pergunto como recebeu o convite, na verdade quase uma intimação, para ser o candidato, no lugar de Ney. “O partido precisava de uma candidatura, e fui indicado. Agi para colaborar com meu grupo”, responde. E comenta a sensação de passar de candidato desacreditado a postulante com chances reais de vitória: “Ás vezes eu questionava a Deus se aquele era eu mesmo, se aquilo estava acontecendo comigo”.
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Um fato que marcou aquela eleição foi a presença de Paulino no debate de uma emissora de TV. Aliados e assessores não queriam que ele – tímido e nada eloqüente –fosse ao debate. Um grave acidente envolvendo sua esposa, dona Fátima (hoje prefeita de Guarabira), seria uma justa justificativa (vale a redundância) para a ausência. Mesmo assim, Paulino foi ao debate. Esta semana, oito anos depois, tive a chance de perguntar por que resolveu ir. A resposta é prova de que a dignidade pessoal deve estar acima de tudo, inclusive das estratégias eleitorais: “Fui porque assessores, que não queriam que eu fosse, publicaram uma nota, sem me avisar, dizendo que eu não iria”.
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Artigo publicado originalmente no Diário da Borborema de 05 de setembro de 2010
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