Seria pretender tapar o sol com a peneira negar que a configuração do jogo político após encerradas as eleições não colocam o PSD (do atual prefeito e do prefeito eleito de Campina Grande) e o PP (do atual vice e do vice eleito) em uma situação embaraçosa.
Na disputa do segundo turno em João Pessoa, as duas siglas ficaram em campos diametralmente opostos. E o PP alinhou-se ao governador João Azevedo, do Cidadania.
Por óbvio, o PSD tem em Romero Rodrigues um projeto claro para 2022. E o PP, pelos sinais reafirmados nos discursos após a vitória de Cícero, parece estar no palanque de João. Isso se não tiver seu próprio palanque, o que não é improvável.
Não fosse o bastante, a animosidade do segundo turno, sobretudo o bombardeio da campanha de Cícero à figura do ex-senador Cássio Cunha Lima (PSDB), não poderia deixar de atingir Romero e Bruno.
Porém...
A campanha acabou, a eleição passou. Os palanques precisam ser desarmados.
A gestão de Bruno, no enfrentamento de uma crise econômica, social e sanitária ainda violenta, não pode desconsiderar a importância do apoio do PP.
O PP, por seu turno, tampouco pode desconsiderar a importância de estar diretamente presente em sua principal base e seu compromisso com a cidade.
Campina Grande precisa de união, do ajuntamento máximo de forças, de paz e muito trabalho para superar essa hora difícil.
Portanto, PP e PSD, Ribeiro, Cunha Lima e Rodrigues, cada um com seus planos e projetos, precisam priorizar a cidade.
É urgente controlar a ansiedade, as vaidades, a precipitação da imprensa, a ação dos que querem ver o circo pegando fogo e o furor ardoroso dos áulicos.
E isso significar dar um jeito de contornar o embaraço e deixar 2022 para 2022.
Campina Grande não pede. Exige.
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