Operação Cifrão apura fraudes em licitações e obras no Sesi da Paraíba

A Controladoria-Geral da União (CGU), Polícia Federal, Ministério Público Federal e Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco) deflagraram nas primeiras horas da manhã desta quinta-feira a Operação Cifrão, para cumprir 28 mandados de busca e apreensão em João Pessoa, Campina Grande e Queimadas.

O objetivo é investigar crimes de fraude à licitação, superfaturamento em obras, peculato e de lavagem de dinheiro no Departamento Regional do Sesi na Paraíba.

De acordo com informações da PF, a apuração começou a partir de fatos constatados pela CGU em auditoria no Departamento Regional do Sesi que indicou a ocorrência de superfaturamento superior a R$ 2 milhões em três obras de construção e reforma de centros, assim como de vínculos entre os sócios das empresas contratadas e colaboradores e dirigentes do Sistema Indústria da Paraíba (Fiep, Sesi, Senai e o IEL).

As investigações teriam constatado ainda a existência de movimentações financeiras entre as contas bancárias das empresas contratadas e de pessoas relacionadas, direta ou indiretamente, ao Sistema Indústria da Paraíba, por meio do que o órgão considera “uma ginástica financeira”, na tentativa de ocultar as aludidas transferências de recursos.

BUEGA GADELHA

Um dos mandados de busca a apreensão cumpridos na manhã desta quinta-feira na Operação Cifrão teve como alvo a casa do industrial Francisco de Assis Benevides Gadelha, o Buega, em Campina Grande.

Buega, que é presidente da Fiep, havia sido alvo de um mandado de prisão em fevereiro de 2019 no âmbito da Operação Fantoche, da Polícia Federal com a colaboração do Tribunal de Contas da União (TCU), que apurava crimes contra a administração pública, fraudes licitatórias, associação criminosa e lavagem de ativos. Ele não chegou a ficar preso.


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