O Festival de Inverno, o drama de 2019 e o circo dos oportunistas

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Um comunicado nas redes sociais do Festival de Inverno de Campina Grande, publicado em 19 de junho e assinado por Eneida Agra Maracajá, presidente do Instituto Solidarium (que realiza o festival), anunciou que finalmente o deplorável drama de 2019, que impediu o repasse de recursos do Município para o evento, estaria prestes de ser sanado.

Na nota, informou-se o pagamento aos credores neste m̻s de julho, mediante a confirma̤̣o de que a Prefeitura de Campina Grande finalmente encontrou o caminho para transferir os R$ 220 mil prometidos para o festival de 2019. Um m̻s depois, ṇo consta ainda que os pagamentos tenham sido viabilizados Рmas, julho ainda ṇo acabou.

Seja como for, o tal impasse, pelo tempo que ainda se faz persistir, somente comprovou que todos os que em 2019 miraram a secretária de Desenvolvimento Econômico, Rosália Lucas, para grosseiramente culpá-la pelo problema apenas se prestaram a um triste papel.

O Solidarium não deixou de receber os recursos, como quiseram fazer crer alguns, porque Rosália tenha exercido verrina sobre o episódio vergonhoso – para quem o praticou e estimulou – de gratuitamente ter sido vaiada quando de uma fala institucional.

O pagamento não foi feito porque o instituto, vítima de um crime, não possuía a qualificação burocrática necessária a estar apto a receber recursos públicos.

Os que queriam que o pagamento tivesse ocorrido de qualquer forma apenas encontraram em Rosália Lucas um bode expiatório. Uma vilã, já que estamos falando em artes.

Mas nenhum burocrata, nenhum assessor da prefeitura e nenhum vereador, figuras que tentaram se aproveitar da novela, se predispôs a assumir o lugar da secretária por um dia e assinar a liberação dos empenhos.

Rosália estava certa – e o tempo provou. Foi responsável com o dinheiro público e o rigor extremo que o seu trato exige. Agiu conforme o princípio da legalidade.Preservou o interesse público e sua própria idoneidade.

Se somente agora o governo achou um jeito de resolver o problema, obrigando os especialistas a queimarem o juízo por tanto tempo assim para buscar um caminho que cumpra o mister devido ao Festival de Inverno sem ferir as regras da administração pública, como alguém pôde querer que uma gestora de secretaria tivesse dado um deslinde apenas com uma canetada?

Oxalá os recursos cheguem ao Festival de Inverno, pagando os fornecedores e aplacando um pouco da angústia injustamente sofrida por uma figura pública do quilate de Eneida.

Mas, que fique o registro do circo que alguns oportunistas quiseram montar.

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Imagem: Ascom - Divulgação

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