Estado e PMCG entram em conflito sobre casos de covid-19 e ocupação de UTI


O Governo do Estado da Paraíba e a Prefeitura de Campina Grande entraram em rota de colisão direta sobre os números de casos de coronavírus relacionados à cidade e também quanto à taxa de ocupação de leitos, sobretudo de unidade de terapia intensiva.

No início da noite deste sábado, 27, as informações da Secretaria Estadual de Saúde apontam o município com 6.389 casos confirmados de coronavírus e 73% de ocupação dos leitos de UTI adulta. Enquanto isso, o boletim da Secretaria Municipal de Saúde afirma que Campina Grande tem 5.337 casos confirmados e índice de ocupação dos leitos de terapia intensiva em 61%.

Ou seja, a pasta do Município contabiliza 1.052 casos a menos que a do Estado, enquanto a divergência quanto ao preenchimento dos leitos de UTI chega a 12%.

Na última quinta-feira, a prefeitura lançou nota afirmando que o Estado estaria contabilizando casos em duplicidade e, com isso, a pasta local da Saúde determinou a revisão dos números, o que fez com que o total passasse de 5.815 no dia anterior (24/06) para 5.180. O governo da Paraíba nega.

A partir daí, os discursos de Geraldo Medeiros, titular da Secretaria de Estado da Saúde, e Felipe Reul, que comanda a Secretaria Municipal de Saúde, passaram a um tom mais ácido de críticas e indiretas mútuas.

O impasse foi levado ao Ministério Público, que requereu informações aos gestores da saúde.

ATUALIZAÇÃO (19h50)

Segundo esclarecimentos da assessoria da Secretaria Municipal de Saúde, a divergência nos dados sobre UTI se explica: é que a PMCG divulga o total de leitos, ou seja, adultos, de pediatria e neonatais, enquanto a secretaria estadual informa apenas os leitos para adultos.
 

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