Crise da pandemia vai fechar mais de 5 mil empresas na PB, alerta especialista


Professor e advogado especialista em direito tributário, Jurandir Eufrazino tem uma larga folha de serviços prestados à Associação Comercial e Empresarial de Campina Grande e conhece como poucos a realidade do “manicômio tributário” (como diz) brasileiro e, particularmente, paraibano.

Mais que isso, entende bastante dos dramas que afetam os negócios no cotidiano ordinário de toda essa loucura que é empreender no Brasil. E, por isso mesmo, sabe ler as linhas e entrelinhas dos efeitos dessa crise gerada por um fator externo totalmente imprevisível e avassalador, que é a pandemia.

Foi assim que, durante entrevista à Campina FM, ao analisar a queda vertiginosa da arrecadação no país, na Paraíba e no município, Jurandir destacou a mortandade de CNPJ’s provocada pelo vírus e os políticos.

“A queda da arrecadação já é o resultado da segunda onda da crise sanitária. A primeira é a pandemia que ceifa vidas, pessoas físicas, e a segunda onda é a que ceifa CNPJ, que mata as empresas que, neste planeta, financiam as vidas”, ilustrou, como numa aula.

De acordo com o professor, o país vivia uma crescente de arrecadação até a chegada da pandemia. “Estamos perdendo em torno de 40% da receita estadual, na medida em que os estabelecimentos estão fechados, e vamos perder muito mais se não adotarmos um planejamento inteligente de retomada das atividades econômicas”, avisou.

Em seguida, o advogado destacou os números sobre a tragédia que está se abatendo sobre as empresas e, portanto, os empregos e a arrecadação, num círculo vicioso profundamente deletério. “Estima-se que perderemos no Brasil entre 650 mil e 700 mil empresas no pós-pandemia e aqui, na Paraíba, nós perderemos de 5 mil a 6 mil. Esse CNPJ não mais voltará para contribuir com a receita tributária”, prevê.

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