Cinco hotéis de Campina suspendem atividades. E esse número vai subir


Um mês de medidas de isolamento na Paraíba e a incerteza sobre o futuro a curto e médio prazo representaram um duro golpe para a economia do estado (refletindo o cenário nacional), afetando bruscamente o turismo e, dentro desse segmento, inviabilizando o setor de hotelaria.

Sem hóspedes e sem perspectivas de melhora imediata do quadro, fechar as portas temporiamente é a única saída que alguns destes empreendimentos têm encontrado para tentar sobreviver. Foi esse o caminho já percorrido por cinco hotéis de Campina Grande, de acordo com levantamento do jornalismo da rádio Campina FM.

Garden, Slaviero, Village Premium e Nord já haviam adotado a medida. E hoje foi a vez do jovem Intercity, localizado na Avenida Rio Branco. Aberto em junho do ano passado, o hotel logo ganhou destaque na rede da cidade, mas deparou-se com um inimigo implacável e inesperado: a pandemia e seus efeitos.

O empresário Henrique Cirne, proprietário do Intercity, concedeu entrevista ao Jornal do Meio-Dia da Campina FM e confirmou que teve que demitir 32 funcionários, preservando apenas dois. A Medida Provisória 936, que representa um alento para as empresas e trabalhadores, por permitir a preservação do emprego, não pôde ajudar os hotéis na crise.

Isso porque a suspensão dos contratos ou a redução da jornada tem prazo máximo de 60 e 90 dias, respectivamente, e, passado esse período, gera estabilidade do vínculo pelo mesmo tempo. Sem saber se daqui a dois ou três meses a crise terá feito as malas – pelo contrário, ciente de que esse mau hóspede nem tão cedo vai embora –, a hotelaria não pode assumir o compromisso de ter que pagar salários sem qualquer receita.

Segundo o Sindicato de Hospedagem e Alimentação, o setor vê na possibilidade de realização ainda este ano do São João – fora de época, como é certo (se houver) – a esperança de algum alento mínimo. Mais que atrair clientes, a festa, fora do tempo e talvez menor, ainda poderia marcar o compasse de uma retomada e ajudar a reabrir portas – de hotéis e de uma nova esperança.

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