Sindicato sobre mototaxistas: “Você não sabe se morre do vírus ou de fome”


O presidente do Sindicato dos Mototaxistas de Campina Grande, Isaque Noronha, afirmou durante fala à rádio Campina FM, que quatro em cada cinco profissionais do segmento pararam de trabalhar em virtude da pandemia do coronavírus. “É um problema seríssimo porque esse profissional não tem reservas financeiras e vive do que apura no dia a dia”, explicou.

Conforme Isaque, muitos mototaxistas têm medo de continuar trabalhando porque estão incluídos no grupo de risco e, além disso, a moto é um transporte de contato e o próprio capacete, item de segurança obrigatório, pode se transformar num agende transmissor.

Ele pediu que a STTP e o Procon ajudem o segmento, por exemplo fornecendo máscaras e toucas descartáveis. “O Procon tem recursos para isso, enquanto os mototaxistas não têm. E isso é um serviço para o usuário, que é o consumidor e estaria sendo auxiliado pelo órgão”, disse.

De acordo com o sindicalista, a pandemia e a crise de trabalho dela decorrente colocaram os mototaxistas frente a um dilema severo. “Deixa de rodar significa não ter renda, deixar de ter o dinheiro do pão de cada dia, o aluguel, a água, a luz. É muito difícil. A gente está nesse momento entre a cruz e a espada. Porque se você parar vai passar fome, se rodar pode ficar doente. Você não sabe se morre do vírus ou de fome”, lamentou Isaque.

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