Ricardo repete defesa de Lula, desqualifica provas e se diz perseguido


O ex-governador Ricardo Coutinho, preso na sétima fase da Operação Calvário, fez uma live através das redes sociais na noite deste domingo para comentar a respeito das acusações que lhe pesam, tendo em vista que o Ministério Público Estadual aponta o socialista como chefe de uma organização criminosa instalada na Paraíba para desviar recursos da saúde e da educação.

Em síntese, Coutinho seguiu a mesma linha geral de defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, já duas vezes condenado e que cumpriu um ano e sete meses de pena em Curitiba: desqualificar as provas e se declarar perseguido político. Para Ricardo, as mais de mil horas de gravações do delator Daniel Gomes não representariam provas efetivas porque, segundo ele, os áudios teriam sido truncados.

O socialista também diz que ele, seu grupamento político e até sua família estariam sendo alvo do que classificou como uma caçada. Além disso, exalta os feitos do seu governo e assegura que possui um patrimônio plenamente compatível com sua renda.

Na live, o ex-governador argumenta que teve a gestão mais vigiada de todos os tempos e cita a ação dos órgãos de controle, como o Tribunal de Contas do Estado. O problema é que o MP acredita que Coutinho controlava outros poderes e órgãos, sobretudo o TCE, tanto que pelo menos três ex-presidentes estão sendo investigados e dois foram afastados pelo STJ.

Outra tese de defesa levantada por Ricardo é que ele não possui mais vínculos com o Palácio da Redenção, já que publicamente rompeu com o ungido e sucessor João Azevedo. Para a oposição, porém, o rompimento seria um jogo de cena engendrado para tentar minimizar os efeitos da Operação Calvário.

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