O que impede Cássio de ser candidato em 2020? Juízo, provavelmente


Quando foi prefeito de Campina Grande, o que se deu por três mandatos, Cássio Cunha Lima ainda era chamado de “menino” – o menino de Ronaldo. A última disputa pelo Palácio do Bispo foi em 2000. Em 2002, renunciou para concorrer ao Governo do Estado.

De lá para cá, foram dois mandatos de governador, uma cassação, eleição para o Senado e duas derrotas nas urnas. Mas, de lá para cá, sobretudo, Cássio deixou de ser “menino”. O perfil político mudou e, ao que se percebe, a vida pessoal e profissional, também. E os anos fazem com que isso pese.

O ex-senador ainda não é o sexagenário dito pelo presidente Jair Bolsonaro, nas loas que lhe ofertou em Campina Grande na última segunda-feira. Mas, para largar tudo o que construiu – profissional e pessoalmente – em Brasília e vir pleitear de novo o comando de uma prefeitura, o tempo passou.

Por isso, mesmo sendo provavelmente o nome que conseguiria agregar todo seu agrupamento político, Cássio decerto consulta a experiência de vida e encontra no próprio juízo uma voz clara para não atender ao chamamento de alguns, sobretudo aqueles que, exageradamente empolgados por lances da última segunda, conclamam freneticamente seu nome.

No mais, depois de toda a trajetória que viveu na política, com momentos bons e ruins, vitórias e derrotas, o tucano se apequenaria ao sair candidato. Não que voltar quase duas décadas no tempo e ser prefeito de Campina Grande seja um rebaixamento. Jamais!

É que soaria egoísmo, egocentrismo demais tanto em relação a sua vida pessoal quanto ao seu grupo político e até mesmo – ou principalmente – no que tange à cidade, que demanda no cargo de prefeito alguém que esteja inteiramente certo de, com todas as suas forças, querer muito e suportar o desafio de governar em tempos cada vez mais difíceis.

E esse tudo de si, sem dúvida alguma, Cássio não pode mais dar numa prefeitura. Coisa que ele sabe melhor que ninguém, afinal de contas, não é mais menino.

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