Servidores da UEPB comparam ponto eletrônico a tornozeleira de apenados


Desde o dia 02 de setembro os servidores técnico-administrativos da Universidade Estadual da Paraíba estão fazendo o registro de frequência através do ponto eletrônico. A medida, que é muito comum em empresas privadas, está gerando revolta em parte da categoria, que tem chegado a protestar espalhando panfletos nos centros da UEPB.

Em um deles (imagem acima), captado e enviado pelo aluno Franklin Alves, o ponto eletrônico chega a ser comparado a uma tornozeleira eletrônica. Em entrevista à Campina FM, o vice-presidente do sindicato da categoria, Gustavo Terto, afirmou que o sistema tem apresentado problemas, deixando de computar corretamente as horas trabalhadas pelos servidores. Além disso, ele reclamou porque a instalação do ponto não foi negociada com os funcionários.

“A forma como foi implantado, com pouquíssima discussão, de forma que não foi transparente nem democrática, incomodou”, disse Gustavo. Ainda de acordo com ele, a implantação da medida teria sido um gesto de retaliação aos servidores “A gente vê o ponto eletrônico mais como uma forma de perseguir a categoria, de retaliar, porque a categoria da gente é que vai para a rua sempre reivindicar direitos e conquistas”.

O sindicalista ressaltou que os trabalhadores em geral do segmento cumprem devidamente seu expediente. Sobre a comparação do ponto com a tornozeleira eletrônica, ele explicou que não é uma manifestação do sindicato, mas demonstrou não discordar do posicionamento.

 “Não conheço o autor (da manifestação), mas é uma iniciativa da própria categoria porque, convenhamos, num ambiente onde a gente sofre perseguições de forma nacional, estadual, você apresentar uma forma de controle de ponto rígida como o ponto eletrônico é visto pela categoria como um retrocesso na forma de trabalho”, comentou.

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