Hora-extra para policiais civis é ainda mais magra que a dos PM’s, revela Aspol

 
A hora-extra paga pelo Governo do Estado aos policiais militares da Paraíba, de R$ 6, foi denominada pela própria categoria como “plantão de fome”, a partir de denúncias feitas pelo deputado estadual Cabo Gilberto Silva (PSL) e que ganharam forte repercussão até mesmo fora das divisas paraibanas.

Segundo o parlamentar, o pior é que os PM’s estariam sendo obrigados a acatar a convocação para o plantão, por meio do uso indevido pelo comando de uma legislação que permite a extensão compulsória do trabalho dos militares em situações de emergência, como calamidades públicas, mas não em condições ordinárias.

Na esteira do impacto das revelações, a Associação dos Policiais Civis de Carreira da Paraíba (Aspol) veio a público com informações nada animadoras: de acordo com a entidade, os profissionais da PC têm uma hora-extra ainda mais aviltante que a dos militares: apenas R$ 5,60.

“O Governo pega o salário do policial e divide pelos trinta dias do mês, quando na verdade ele deveria dividir o valor do salário pela quantidade de horas trabalhadas pelo policial”, disse à Campina FM o vice-presidente da Aspol, Frank Barbosa. Segundo ele, além da disponibilização voluntária, há também serviço prestado de maneira compulsória pelos PC’s.

DISPARIDADE

O vice-presidente da Aspol lembrou que a Polícia Civil da Paraíba ostenta dois tipos de lideranças completamente antagônicas: é a polícia judiciária estadual com maior índice de resolução de homicídios e, ao mesmo tempo, o pior salário da categoria em todo o país. “Em função disso, o policial acaba precisando sacrificar o seu dia de folga e aceitar esse valor, mesmo tão baixo”, lamentou Frank Barbosa.

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