Bruno Cunha Lima e Romero Rodrigues: tão perto, tão longe. Irremediavelmente longe


Demorou praticamente seis anos e meio para que o ex-deputado estadual Bruno Cunha Lima se aproximasse do prefeito Romero Rodrigues. Depois de uma passagem pela Câmara de Vereadores e outra pela Assembleia Legislativa, uma derrota na tentativa de um novo salto, para a Câmara Federal, trouxe o jovem político para a chefia de gabinete de Romero.

Sem mandato, o ex-parlamentar projeta agora candidatura a prefeito. Quer ser o sucessor de Romero. E, no cargo ora ocupado, alguns vislumbram uma suposta sinalização de que o gestor estaria para indicá-lo. Pelo mesmo cargo, no entanto, passaram os atuais deputados estaduais Tovar Correia Lima e Manoel Ludgério – por acaso, ou não, também candidatos a candidatos.

Desde sua assunção à chefia do gabinete, Bruno está onde Romero está. Nada mais natural para o mister. Todavia, ao contrário de eventuais aparências, nada que indique uma aproximação saneadora do distanciamento histórico de quem, quando parlamentar, jamais teve sua imagem efetivamente associada à do prefeito.

O papel de Romero na escolha do candidato do seu grupo à sucessão é, por óbvio, extremamente relevante. Portanto, do tamanho da responsabilidade que encerra. E, dentre os critérios para sua decisão, está a confiança no nome indicado.

Não aquela confiança antônimo de desconfiança, mas aquela sinônimo de uma relação próxima, de vínculos fortes, construída em uma trajetória de parceria e na convivência e solidariedade dos momentos bons e maus. Coisa que não se constrói do dia para a noite – de uma eleição para outra. Coisa que não existe entre Bruno e Romero.

Fosse pouco, ainda haveria outra meia dúzia de motivos, pelo menos, para fazer do inteligente e brilhante chefe de gabinete da PMCG uma possibilidade completamente irreal para a indicação direta do prefeito. Dentre tais motivos, o abismo das personalidades, a disparidade dos modos de fazer política, a diferença no trato comum.
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Distâncias insanáveis, intransponíveis.

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