Especialistas destacam importância do Fundo Municipal de Ciência, Tecnologia, Inovação e Desenvolvimento


Representantes da UEPB, UFCG, Embrapa, Fiep, IFPB, Parque Tecnológico, Insa, Núcleo de Tecnologias Estratégicas em Saúde (Nutes), faculdade Maurício de Nassau e Unifacisa, assim como o secretário de Ciência e Tecnologia do Município, Tovar Correia Lima, participaram de uma audiência pública proposta pelo vereador Lucas Ribeiro (PP) para discutir o Projeto de Lei Ordinária, também de autoria do parlamentar, que institui o Fundo Municipal de Ciência, Tecnologia, Inovação e Desenvolvimento.

Durante entrevista à imprensa, Lucas explicou que o fundo vai patrocinar bolsas de mestrado e doutorado e pesquisas que resultem em benefícios diretos para a cidade de Campina Grande. “Isso representa reconhecer a vocação de Campina, uma cidade acadêmica, que inova, que produz ciência e tecnologia, tem elevados índices de doutores e mestres, e todo esse potencial não tem sido aproveitado devidamente até hoje em favor do próprio município”, ressaltou.

O vereador explicou à imprensa que a ideia da audiência pública foi ouvir os segmentos do setor, assim como o poder público municipal, com o objetivo de estabelecer os ajustes necessários no texto do projeto de lei que apresentará – e diversas sugestões e ponderações foram apresentadas pelos convidados, que destacaram a grande importância do fundo proposto pelo vereador.

O professor Cidoval Morais, pró-reitor de Pós-Graduação da UEPB, ressaltou que os recursos aportados pelo Município no fundo não representarão, na prática, uma despesa, mas um investimento, porque serão empregados em pesquisa aplicada. “Esse é um modelo de pesquisa focado na resolução de problemas concretos, resolver determinadas questões do cotidiano”, esclareceu, complementando que esse enfoque pode ser direcionado a demandas municipais.

Ele, inclusive, citou um exemplo prático. “As prefeituras muitas vezes precisam contratar consultorias técnicas, cujo custo é muito elevado. Enquanto isso, uma bolsa de mestrado, por exemplo, é de R$ 1.400 por mês. Uma consultoria para um plano diretor custa mais de R$ 300 mil, enquanto uma bolsa fornecida a um mestrando não chega a R$ 20 mil no ano, para a mesma atividade”, asseverou. “A pesquisa aplicada representa economia para o Município”, completou.

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