Água da transposição mal chega a Boqueirão, e fim do racionamento pode ficar para setembro


O gerente regional da Cagepa, Ronaldo Meneses, confirmou à reportagem da Campina FM que é muito baixo o volume de água proveniente da transposição do Rio São Francisco chegando ao Açude de Boqueirão há alguns dias. Com isso, o prazo previsto para que o manancial saia do chamado volume foi morto foi adiado e, consequentemente, o racionamento hídrico vai se prolongar.

“No dia 01 de julho, estava sendo acumulada uma lâmina no açude de cinco centímetros, e esse valor foi diminuindo com o passar dos dias. Na última semana, tem acumulado apenas um centímetro de água por dia. Logo, com essa diminuição da vazão, o tempo que o açude levará para atingir 8.2% também foi estendido, de modo que a nossa previsão, com a vazão de hoje, é de, no mínimo, 60 dias”, explicou.

Ronaldo lembrou que esse prazo pode ser reduzido, caso a vazão volte a subir ou ocorram chuvas. De qualquer forma, a Cagepa, diante da brusca redução no aporte de água do São Francisco, agora adicionou uma segunda condição para a suspensão do racionamento, não mais vinculada apenas ao volume do Epitácio Pessoa.

“A segunda condição, é que o açude continue acima do chamado volume morto. Para que isso aconteça, é preciso que a quantidade de água que chega a Boqueirão seja muito maior que a saída”, detalha o gerente regional da Cagepa.

Problemas técnicos e estruturais têm sido apresentados pelas autoridades como causadores da queda da vazão do São Francisco. No entanto, nenhuma explicação tem se mostrado clara e definitiva, razão pela qual lideranças políticas de Campina Grande deverão procurar o Ministério Público para pedir providências. De acordo com a Aesa, para assegurar o abastecimento da região de Campina e formar reserva em Boqueirão, o volume do aporte precisa ser equivalente a pelo menos três vezes o atual na bacia do açude.

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