O que teria acontecido para levar o deputado estadual Ricardo Barbosa (PSB) a fazer o discurso que fez, no tom que fez, não é difícil de subentender, pelas próprias palavras que o espírito angustiado do parlamentar liberou sofregamente na tribuna da Casa de Epitácio Pessoa. A pressão do poder, em toda a sua extensão e profundidade, foi tamanha que o coração de Barbosa quase não aguentou.
O deputado, que mantém (ou mantinha) postura pública de total fidelidade ao governador Ricardo Coutinho, viu-se colocado no canto da parede, intimado a agir como na prática agem todos os governistas em todos os governos, ou seja, com total submissão. De fato, a lógica das relações entre executivo e legislativo pressupõe não fidelidade, mas subserviência.
É uma realidade que se repete em todas as esferas dessa relação, sendo mais forte, claro, conforme o tamanho das casas legislativas. Na Paraíba, historicamente a Assembleia Legislativa é marcada ou pela explícita submissão dos deputados ao governador de plantão ou, em momentos de desencontro de interesses e de demandas não atendidas, de uma reação virulenta e sem limites.
A coisa é tal que a suposta honra de ocupar um cargo legislativo tende a muitas vezes ser substituída pelo vexame de ver-se alçado ao status de autoridade sem autoridade, subjugada por outro poder, e, não raro, humilhada.
Em seu pronunciamento, Ricardo Barbosa lembrou que não é neófito na política. E, num passado não muito distante, ele mesmo, na condição de líder do governo, virou notícia ao levar uma chamada de atenção pública do então governador Cássio Cunha Lima, por ter feito críticas a uma obra segundo ele mal executada no Sertão. Agora, diferentemente daquela ocasião, não havia câmeras flagrando o impasse, mas a reação e o sentimento de Barbosa foram tão claros e veementes que até parece que a gente viu tudo.
O deputado, que mantém (ou mantinha) postura pública de total fidelidade ao governador Ricardo Coutinho, viu-se colocado no canto da parede, intimado a agir como na prática agem todos os governistas em todos os governos, ou seja, com total submissão. De fato, a lógica das relações entre executivo e legislativo pressupõe não fidelidade, mas subserviência.
É uma realidade que se repete em todas as esferas dessa relação, sendo mais forte, claro, conforme o tamanho das casas legislativas. Na Paraíba, historicamente a Assembleia Legislativa é marcada ou pela explícita submissão dos deputados ao governador de plantão ou, em momentos de desencontro de interesses e de demandas não atendidas, de uma reação virulenta e sem limites.
A coisa é tal que a suposta honra de ocupar um cargo legislativo tende a muitas vezes ser substituída pelo vexame de ver-se alçado ao status de autoridade sem autoridade, subjugada por outro poder, e, não raro, humilhada.
Em seu pronunciamento, Ricardo Barbosa lembrou que não é neófito na política. E, num passado não muito distante, ele mesmo, na condição de líder do governo, virou notícia ao levar uma chamada de atenção pública do então governador Cássio Cunha Lima, por ter feito críticas a uma obra segundo ele mal executada no Sertão. Agora, diferentemente daquela ocasião, não havia câmeras flagrando o impasse, mas a reação e o sentimento de Barbosa foram tão claros e veementes que até parece que a gente viu tudo.
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