A
deputada estadual Daniella Ribeiro, do PP, mostrou-se uma das vozes mais
críticas à Medida Provisória 242, do Governo do Estado, que congela os salários
dos servidores públicos por conta – segundo o Palácio da Redenção – da crise
econômica. Antes de a matéria ser apreciada no plenário da Casa de Epitácio
Pessoa, a pepista não poupou críticas à medida, mas, no dia da votação, ela,
assim como os deputados Manoel Ludgério (PSD) e Ricardo Marcelo (PEN), faltou à
sessão.
De acordo
com o professor Nelson Júnior, presidente da Associação dos Docentes da
Universidade Estadual da Paraíba e integrante do Fórum dos Servidores, os
deputados faltosos não apresentaram qualquer justificativa para a ausência na polêmica sessão. O sindicalista até ponderou que a falta pode
ter se dado por algum justo motivo, mas lamentou a falta de explicações.
O
silêncio mais incômodo foi o de Daniella Ribeiro, justamente por sua veemência
na crítica à matéria. “Nós contávamos com o voto da deputada contrário à
medida. É uma situação difícil. Como é que você diz que é oposição ao governo,
dizia votar contra a MP 242 e, no dia da votação, está ausente? Eu não gostaria
de fazer juízo de valor, a deputada pode ter tido algum problema, mas,
politicamente, isso leva a outras reflexões. Será que a deputada está se
aproximando da base do governo? Não sei. Esperamos que a deputada tenha faltado
por um motivo de força maior, mas isso quem tem que explicar é ela”, declarou
Nelson Júnior.
INCOMUNICÁVEL
A reportagem da Campina FM procurou o deputado
Manuel Ludgério, que, no dia seguinte à votação, afirmou que não poderia
atender o telefone porque acompanhava a esposa em uma cirurgia. Não houve
contato com Ricardo Marcelo. Quanto a Daniella, algumas tentativas foram
feitas, mas as ligações não foram atendidas e sua assessoria informou que ela
estava “incomunicável”.
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