Ex-reitora fustiga Rangel Júnior por fechamento de museu e avisa que não o apoiará para reeleição


A decisão anunciada pelo reitor da Universidade Estadual da Paraíba, Rangel Júnior, de fechar o Museu de Artes Assis Chateaubriand (Maac) alegando se tratar de uma medida de contenção de despesas por conta da crise financeira que a instituição enfrenta continua tendo forte repercussão negativa. Em meio às críticas acerbas a Rangel, porém, se sobressaiu a voz da professora Marlene Alves, antecessora no cargo e que apoiou a candidatura do reitor em 2012.

À Campina FM, Marlene não economizou nas críticas à decisão do colega, por ela classificada como algo “absurdo”, “inaceitável”, “inconcebível” e “insano”, nas suas próprias palavras. “A UEPB já teve crises homéricas, inclusive já passamos seis meses sem salários, mas nunca foi cogitado fechar o Maac. Então, não justifica, sob hipótese alguma, uma decisão destas em função de uma economia de recursos”, afirmou a ex-reitora.

Questionada se havia levado essa insatisfação ao próprio Rangel Júnior, a professora afirmou que se pronunciou publicamente e em um grupo de WhatsApp do qual o reitor faz parte, mas não recebeu qualquer resposta. Marlene acrescentou que há um convênio entre a UEPB e o Governo do Estado para transferência de recursos destinados ao museu. “Então, qualquer finalidade outra, é desvio de finalidade, o convênio não permite”, frisou. Por fim, classificou o fechamento do Assis Chateaubriand como “um crime contra a Paraíba”.

Sem apoio

Indagada a respeito da eleição para a reitoria, Marlene Alves deixou claro que não apoiará Rangel Júnior. “O professor Rangel precisa repensar algumas de suas ações. Ele é meu amigo, fez parte da nossa gestão, mas eu não posso compactuar, depois de uma luta imensa que nós tivemos para termos um equipamento apropriado”, disse, após sorrir diante da pergunta. Rangel Júnior já anunciou que disputará a reeleição.

Para ouvir toda a fala de Marlene Alves à Campina FM, clique AQUI.

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