A imprensa internacional noticiou que o pai do pequeno menino Aylan, que se tornou símbolo da tragédia dos refugiados sírios ao ter seu corpo encontrado em uma praia, disse neste fim de semana que chorou depois de ver a charge publicada pela revista satírica "Charlie Hebdo".
Aylan, de apenas 3 anos, morreu afogado na travessia do mar Egeu entre Turquia e Grécia, juntamente com sua mãe e seu irmão. A imagem do corpinho do menino rodou o mundo e provocou uma grande mobilização internacional pelos refugiados que tentam chegar à Europa.
A charge, publicada na semana passada, foi assinada pelo editor Riss e mostra um homem com feições símias correndo atrás de uma mulher sob o seguinte título: "Migrantes: no que teria se transformado o pequeno Aylan se tivesse crescido?".
O autor responde na legenda: "Apalpador de bundas na Alemanha". É uma referência às agressões sexuais registradas na Alemanha durante o reveillon e que teriam contado com a participação de refugiados. Ou seja, para o tal Riss, o menino de três anos estaria fadado a ser um criminoso sexual.
Para quem não lembra, a revista "Charlie Hebdo” é aquela cuja sede na França foi alvo de um atentado de fundamentalistas islâmicos em represália pelas charges que ridicularizavam o profeta islâmico Maomé.
A publicação também centra fogo no cristianismo, sem medir quaisquer fronteiras de limites. Uma charge, por exemplo, trouxe figuras que representariam as três pessoas da trindade praticando sexo entre si.
À época dos atentados, quando integrantes da revista foram mortos, espalhou-se pelo mundo um discurso solidário e a frase “Somos todos Charlie Hebdo”. Agora, porém, muita gente não se reconhece mais como sendo Charlie Hebdo.
O que os editores dessa publicação fazem não é liberdade de expressão, é crime. Não é arte, não é cultura, não é jornalismo. É afronta, preconceito religioso, disseminação de escárnio contra a fé das pessoas.
Ninguém minimamente sensato vai ver com bons olhos os atentados brutais, insanos e covardes que banharam de sangue a redação da revista. Por outro lado, os editores da publicação não são artistas, nem jornalistas e nem qualquer coisa digna. São insufladores de ódio, de divisão, de verrina. São provocadores radicais.
Se as tintas da Charlie Hebdo se dirigissem a minorias sexuais, por exemplo, já teriam sido criminalizados e condenados publicamente. Como, porém, agridem a fé das pessoas e demonizam crianças mortas, recebem um julgamento mais ameno.
Nós não somos Charlie Hebdo. Porque não somos lixo nem temos veneno correndo em nosso sangue.
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Para ouvir a coluna no podcast da Campina FM, clique AQUI
Aylan, de apenas 3 anos, morreu afogado na travessia do mar Egeu entre Turquia e Grécia, juntamente com sua mãe e seu irmão. A imagem do corpinho do menino rodou o mundo e provocou uma grande mobilização internacional pelos refugiados que tentam chegar à Europa.
A charge, publicada na semana passada, foi assinada pelo editor Riss e mostra um homem com feições símias correndo atrás de uma mulher sob o seguinte título: "Migrantes: no que teria se transformado o pequeno Aylan se tivesse crescido?".
O autor responde na legenda: "Apalpador de bundas na Alemanha". É uma referência às agressões sexuais registradas na Alemanha durante o reveillon e que teriam contado com a participação de refugiados. Ou seja, para o tal Riss, o menino de três anos estaria fadado a ser um criminoso sexual.
Para quem não lembra, a revista "Charlie Hebdo” é aquela cuja sede na França foi alvo de um atentado de fundamentalistas islâmicos em represália pelas charges que ridicularizavam o profeta islâmico Maomé.
A publicação também centra fogo no cristianismo, sem medir quaisquer fronteiras de limites. Uma charge, por exemplo, trouxe figuras que representariam as três pessoas da trindade praticando sexo entre si.
À época dos atentados, quando integrantes da revista foram mortos, espalhou-se pelo mundo um discurso solidário e a frase “Somos todos Charlie Hebdo”. Agora, porém, muita gente não se reconhece mais como sendo Charlie Hebdo.
O que os editores dessa publicação fazem não é liberdade de expressão, é crime. Não é arte, não é cultura, não é jornalismo. É afronta, preconceito religioso, disseminação de escárnio contra a fé das pessoas.
Ninguém minimamente sensato vai ver com bons olhos os atentados brutais, insanos e covardes que banharam de sangue a redação da revista. Por outro lado, os editores da publicação não são artistas, nem jornalistas e nem qualquer coisa digna. São insufladores de ódio, de divisão, de verrina. São provocadores radicais.
Se as tintas da Charlie Hebdo se dirigissem a minorias sexuais, por exemplo, já teriam sido criminalizados e condenados publicamente. Como, porém, agridem a fé das pessoas e demonizam crianças mortas, recebem um julgamento mais ameno.
Nós não somos Charlie Hebdo. Porque não somos lixo nem temos veneno correndo em nosso sangue.
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