Presidente da Aesa pede que congressistas da Paraíba formem “frente da estiagem”


O presidente da Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado da Paraíba (Aesa), João Fernandes, fez um apelo na manhã desta sexta-feira, 19, em Campina Grande para que a bancada da Paraíba no Congresso Nacional busque formar uma frente para pressionar o governo federal a ampliar as ações e o aporte de recursos para amenizar os efeitos da estiagem no Nordeste.

“Se os deputados federais e senadores da nossa região se unissem, se, por exemplo, decidissem obstruir seguidamente a pauta de votações no Congresso, não tenho dúvidas que o governo daria uma atenção maior ao problema da crise hídrica”, ponderou João Fernandes. “E eu apelo aos congressistas da Paraíba para que eles tomem a frente da formação dessa frente, mobilizando os parlamentares de outros estados”, completou.

Segundo o presidente da Aesa, a frente poderia, inclusive, contar com o apoio do senador Aécio Neves (PSDB/MG), que foi candidato a presidente da República nas eleições do ano passado. “Aécio é mineiro, e Minas Gerais tem o Vale do Jequitinhonha, que também sofre, como o Nordeste, com os efeitos da estiagem. De modo que essa frente poderia ganhar muita força para pressionar o governo federal”, acredita.

“São Paulo enfrentou uma situação crítica no abastecimento e, diante da mobilização da sua classe política, o Palácio do Planalto liberou rapidamente R$ 2,8 bilhões para ações emergenciais naquele estado. Só com essa força política o Nordeste terá a mesma atenção”, pondera João Fernandes, que disse ainda não ter visto iniciativas claras da maioria dos congressistas paraibanos em relação ao tema da estiagem.

Na última quinta-feira, 18, o governador Ricardo Coutinho anunciou investimentos superiores a R$ 133 milhões para execução de ações integrantes do Plano Emergencial de Enfrentamento à Estiagem. Desse montante, porém, a maior parcela, R$ 80 milhões, é oriunda de recursos próprios do Estado, enquanto R$ 53 milhões são provenientes de repasses do Governo Federal.

“É um esforço enorme, em uma época (econômica) crítica. Mas, rodei por esse Estado afora, durante as plenárias do Orçamento Democrático, e ouvi o grito desesperado dos agricultores. E essa é a resposta que o Governo do Estado está dando, não só ao semiárido, mas à Paraíba como um todo”, comentou o governador.

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