Isabela e Michelle |
A condenação a uma pena superior a cem anos de Eduardo dos Santos Pereira, apontado como o mentor da chamada “Barbárie de Queimadas”, quando cinco mulheres foram estupradas e duas delas assassinadas, foi recebida com alívio pelas famílias das vítimas e uma sensação geral de que a justiça foi feita. Michelle Domingues e Isabela Pajuçara teriam sido mortas por terem reconhecido os envolvidos. Os crimes ocorreram em fevereiro de 2012 e chocaram a Paraíba, com forte repercussão nacional.
Seis dos envolvidos foram condenados a penas entre e 44 anos de prisão. É preciso registrar seus nomes: Luciano dos Santos Pereira, Fernando de França Silva Júnior, Jacó Sousa, Luan Barbosa Cassimiro, José Jardel Sousa Araújo e Diego Rêgo Domingues. Os três adolescentes, porém, foram apenas “condenados” às escarnecedoras “medidas socioeducativas”.
A sentença imposta a Eduardo, porém, não é o ponto final dessa história. E não apenas porque a defesa vai recorrer. O condenado esperará que a ação do tempo, somada às deploráveis brechas da legislação brasileira, abram as portas da rua bem antes do transcurso da prisão perpétua (na prática) que lhe foi imposta. Esmaecida a repercussão da barbárie, relaxada a opinião pública, consolada a dor, o esquecimento poderá girar a chave da impunidade.
É por tal razão que a memória dessa monstruosidade não poderá, jamais, evanescer. Essa é uma ferida que não poderá cicatrizar, nem mesmo deixar de doer. Queimadas precisa erigir, com urgência, um monumento em praça pública, no qual Michelle e Isabela, redivivas, de pé, com braços estendidos, convoquem os passantes, os queimadenses, os paraibanos e brasileiros, a gente de todo o mundo, a não esquecer.
Todo dia 12 de fevereiro precisará ser uma rememoração do 12 de fevereiro de 2012. É preciso que doa e não deixe de doer. Nunca!O esquecimento não pode ser o alívio dos condenados. Há dores que se deve esquecer para superar. Mas, há dores que devem ser relembradas continuamente para que, quem sabe, não se repitam.
Seis dos envolvidos foram condenados a penas entre e 44 anos de prisão. É preciso registrar seus nomes: Luciano dos Santos Pereira, Fernando de França Silva Júnior, Jacó Sousa, Luan Barbosa Cassimiro, José Jardel Sousa Araújo e Diego Rêgo Domingues. Os três adolescentes, porém, foram apenas “condenados” às escarnecedoras “medidas socioeducativas”.
A sentença imposta a Eduardo, porém, não é o ponto final dessa história. E não apenas porque a defesa vai recorrer. O condenado esperará que a ação do tempo, somada às deploráveis brechas da legislação brasileira, abram as portas da rua bem antes do transcurso da prisão perpétua (na prática) que lhe foi imposta. Esmaecida a repercussão da barbárie, relaxada a opinião pública, consolada a dor, o esquecimento poderá girar a chave da impunidade.
É por tal razão que a memória dessa monstruosidade não poderá, jamais, evanescer. Essa é uma ferida que não poderá cicatrizar, nem mesmo deixar de doer. Queimadas precisa erigir, com urgência, um monumento em praça pública, no qual Michelle e Isabela, redivivas, de pé, com braços estendidos, convoquem os passantes, os queimadenses, os paraibanos e brasileiros, a gente de todo o mundo, a não esquecer.
Todo dia 12 de fevereiro precisará ser uma rememoração do 12 de fevereiro de 2012. É preciso que doa e não deixe de doer. Nunca!O esquecimento não pode ser o alívio dos condenados. Há dores que se deve esquecer para superar. Mas, há dores que devem ser relembradas continuamente para que, quem sabe, não se repitam.
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