Neste domingo, 27 de julho, a morte do grande Félix de Souza Araújo, patrono da Câmara Municipal de Campina Grande, “mártir do dever e da coragem”, completa 61 anos. Félix tombou quando contava com apenas 30 anos de vida. Mesmo assim, a despeito de uma tão breve existência, deixou o testemunho de inúmeros feitos notáveis e um legado humano e moral imorredouro. Prova de que a vida se mede pela profundidade e não pelo comprimento.
Em lembrança do grande líder, vale rememorar aquele que, para mim pessoalmente, é seu mais belo poema: Meu Livro.
Meu livro sem esperança
Será como a flor perdida
De um galho que se balança
Sobre a corrente da vida
Num dia qualquer, de breve
Ventania ou de sol quente,
Cairá a flor de neve
Na merencória corrente.
O pescador, da outra margem,
Sorrirá, num gesto lento
Vendo-a descer de viagem
Para o mundo do esquecimento.
Mas, a minha alma esquecida
Cantará, em meio à bruma:
– Inda que pobre, deu uma
Rosa à corrente da vida.
(Félix Araújo)
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