Teatro Severino Cabral é cenário de adeus ao poeta Manoel Monteiro

Após ser velado no Teatro Municipal Severino Cabral desde a noite da terça-feira, 10, o corpo do poeta Manoel Monteiro foi sepultado, na manhã desta quarta-feira (11), no cemitério Campo Santo Parque da Paz. Familiares, amigos, fãs e autoridades foram ao local dar o último adeus ao poeta.

Manoel Monteiro desapareceu na sexta-feira (30/05) e foi encontrado morto em um hotel em Belém do Pará, no sábado (07/06). O corpo do cordelista chegou na terça a Campina Grande e foi levado para o Severino Cabral. Durante toda a noite da terça e manhã da quarta-feira, centenas de pessoas foram se despedir do cordelista.

Estiveram no Teatro o secretário de Cultura do Município, Lula Cabral; o secretário de Assistência Social,  João Dantas; o vice-governador do Estado, Rômulo Gouveia; o jurista e escritor Agnelo Amorim; a ativista cultural Eneida Agra Maracajá; o reitor da Universidade Estadual da Paraíba, Rangel Junior; além de artistas, sindicalistas, amigos, fãs e admiradores do cordelista.

O secretário Lula Cabral, representando o prefeito Romero Rodrigues, falou sobre a importância de Manoel Monteiro e seu legado. João Dantas falou em nome da Academia Brasileira de Literatura de Cordel.

O cortejo saiu do Teatro por volta das 10h20 e percorreu diversas ruas da cidade até o cemitério. Familiares, amigos e admiradores acompanharam o cortejo e, no local do sepultamento, novamente prestaram homenagens ao cordelista. O enterro aconteceu por volta das 11h40.

Manoel Monteiro

Manoel Monteiro da Silva tinha 77 anos. Era natural de Bezerros, Pernambuco, mas se mudou para Campina muito jovem e aqui começou a escrever. Morava no bairro do Santo Antônio, onde montou sua cordelaria. Escrevia um modelo de cordel baseado em temas atuais. Membro da Academia Brasileira de Literatura de Cordel, era considerado o maior cordelista em atividade no mundo, com mais de 300 títulos escritos.

Pesar

Na última segunda-feira, 09, o prefeito Romero Rodrigues divulgou nota de pesar, lamentando a morte de Manoel Monteiro, que, segundo o chefe do poder executivo municipal, “deixa um vazio que dificilmente será preenchido” e “representa uma tristeza imensurável para Campina Grande, terra que acolheu o poeta e que por ele foi tão amada”.

Para Romero, “é preciso lembrar que o legado de Manoel é imorredouro, e seu nome estará para sempre vinculado à Rainha da Borborema, que saberá converter a tristeza de uma perda tão irreparável em necessários gestos de tributo à memória e à rica herança cultural do poeta”.

Codecom

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