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A nova mesa. Imagem: Josenildo Costa |
Se uma mulher engravidar agora, o bebê nasce antes da posse
da mesa diretora para o biênio 2015/2016 eleita na manhã de hoje na Câmara
Municipal de Campina Grande. O destaque é a confirmação do nome de Pimentel
Filho (PROS), do alto dos seus sete mandatos, conseguindo, finalmente, realizar
um sonho acalentado há muito e que parecia cada vez mais distante. A mesa é
completada por Orlandino Farias (PSC), 1° vice-presidente; Marinaldo Cardoso
(PRB), 2° vice; Murillo Galdino (PSB), 1° secretário; e Ivan Batista (PROS), 2°
secretário.
Homenagem
Orlandino foi integrado à mesa diretora num gesto de
homenagem dos seus pares. Prestes a completar oitenta anos, o vereador do PSC
pediu para ser incluído. Segundo um colega parlamentar, Orlandino chorou ao lembrar seus
30 anos na CMCG e admitiu que esse é seu último mandato.
Incomum
Diante da realização de um desejo tão antigo de chegar à
presidência, o "xerife" da Câmara Municipal tremeu e quase chorou na tribuna. A
família de Pimentel, incluindo filhos, a mãe e a esposa, acompanhou o discurso
do futuro presidente, entre lágrimas.
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Pimentel com a mãe: emoção. Imagem: Josenildo Costa |
Cheguei lá
Terminada a sessão, ao beijar e abraçar a mãe, Pimentel
desabafou: “Conseguimos”.
Herança
Durante seu discurso, Pimentel se emocionou também ao
lembrar do pai, o ex-vereador Antônio Alves Pimentel, que fez parte do
legislativo campinense durante duas décadas, tendo passado o “bastão” para o
filho.
Paz e amor?
Ninguém, entretanto, se quede a achar que a emoção do futuro
presidente da Câmara Municipal é indício de uma relação mais amena com os próprios
vereadores, com a imprensa e, sobretudo, com os funcionários da casa. Sobre
estes, Pimentel deixou claro: “Eu fui chefe de setor pessoal de grandes
empresas. Sou administrador de empresas, sou teólogo, e acho que o trabalho é
que dignifica a pessoa. Vou exigir o trabalho de cada um”.
Qualidade
Questionado pelo blog se, no exercício da presidência,
buscará conter o temperamento forte, o vereador do PROS foi curto e grosso. “Talvez
seja esse um dos pontos que os vereadores analisaram ao colocarem meu nome para
a presidência”, respondeu, referindo-se à própria personalidade.
De um vereador
“Pimentel está aqui há um quarto de século e só agora foi
eleito presidente. Ou as outras legislaturas estavam muito enganadas ou nós
estamos”, comentou, rindo, um parlamentar. A eleição foi unânime.
De um jornalista
“De onde vem toda essa força política de Pimentel Filho? Ele
é uma figura respeitada e prestigiada governo após governo”, ponderou um
profissional da imprensa.
De um funcionário
“Em janeiro eu volto para a prefeitura”. Palavras de um
servidor do Município cedido à Câmara Municipal.
PROS em alta
Dos cinco membros da mesa, dois são do Partido Republicano
da Ordem Social (PROS). Afinal, além do presidente, o partido fez o segundo
secretário, Ivan Batista. Nota curiosa: ambos oriundos do PMDB.
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O novo presidente - Imagem: Josenildo Costa |
Recado
Alexandre do Sindicato (PROS), na tribuna, após a votação, ao cumprimentar o companheiro de legenda e novo presidente da Casa de Félix Araújo: “Pior
que antecipar uma eleição seria transformar um importante processo afeito à
natureza do legislativo em mero prêmio de consolação. Essa casa é grande demais
para tal papel”.
Sonho novo
Pensando bem...
Em entrevistas à imprensa antes da eleição, o vereador Olimpio Oliveira, do PMDB, (que foi contra a antecipação, mas votou em Pimentel hoje) ponderou a possibilidade de algum desencontro relacionado à convivência de dois “chefes” na CMCG até o final do ano. Mas, se há dois papas no Vaticano, por que não pode haver dois presidentes na Câmara Municipal de Campina Grande?
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