Advogado e radialista, José Araújo
do Nascimento, que atualmente responde pela Coordenação de Comunicação da
Prefeitura de Campina Grande, de antemão reconhece que é polêmico o mecanismo
que vislumbra para controlar a influência dos programas sociais no processo
eleitoral. Para Araújo, seria o caso de suspender o direito ao voto dos
cadastrados no programa Bolsa Família.
“Se eu tivesse o poder
legislativo na mão, eu diria o seguinte: fica proibida de votar aquela pessoa
que tem compromisso de dependência com programa social. Pode achar que é um absurdo,
mas eu penso desta maneira, peço apenas respeito à minha opinião, por mais
equivocada que ela seja”, pondera.
Para o advogado, a vinculação
vicia a disputa. “Do mesmo jeito que uma pessoa não pode contratar com o serviço
público, quem tem algum tipo de vínculo impeditivo da lei, então, também não
poderia participar do processo eleitoral. Porque o eleitor está participando do
processo eleitoral. A pessoa diz assim: ‘quem participa do processo é o
candidato’. Não. A figura mais importante do processo eleitoral é o eleitor”.
A seguir, complementa seu raciocínio:
“Como é que o eleitor tem isenção de idéia, de postura, de voto, se ele está
vinculado a alguém que lhe dê alguma coisa. E o governo federal instituiu o
maior sistema de compra de votos do mundo. Eu acabaria com o Bolsa Família? Não.
Eu acabaria com esse vínculo das pessoas estarem votando a mercê de uma Bolsa
Família”.
As declarações de José Araújo do
Nascimento foram dadas durante entrevista ao Jornal da Rede, da 102,7 FM, Rede
Fé de Campina Grande. O noticiário matutino da nova emissora é apresentado
pelos jornalistas Lenildo Ferreira, Leunivan Bezerra e Wanda Galvão. Araújo
também defende que seja exigida maior escolaridade dos candidatos a cargos públicos
e citou especificamente os parlamentares.
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