Quem não lembra da veemência com a qual o professor José Cristóvão de Andrade, na presidência da Associação dos Docentes da UEPB (Aduepb) e como candidato a reitor, repercutia acusações extraídas de análises de relatórios do Tribunal de Contas do Estado, para fustigar sua ex-aliada e então reitora Marlene Alves?
Pois bem, não demorou e, agora, explode um relatório que teria sido elaborado pela Comissão Gestora Provisória da Associação, que tem como presidente a professora Cristiane Nepomuceno, batizado de “Dossiê da Vergonha”, com gravíssimas acusações contra Andrade referentes a gastos estratosféricos com combustível, supermercados, restaurantes, lanchonetes e até choperias.
Segundo o balanço, de janeiro a agosto, os gastos com combustíveis (R$33 mil) dariam para ir de uma ponta a outra da Paraíba, leste a oeste, 234 vezes. Além disso, o relatório apontaria uma série de operações tidas como suspeitas, envolvendo empréstimos, emissão de cheques e a hipoteca da sede para pagamento de dívidas.
O que dizer de tudo isso? O mesmo que ponderamos à época em que um “dossiê” contra Marlene repercutia diariamente e era reverberado pelo próprio Andrade como meio de pressionar o Governo do Estado a não nomear o mais votado na consulta prévia para a reitoria, Rangel Júnior (o que acabou não dando certo): as denúncias são graves, mas é preciso ir com calma e ter respeito pelos envolvidos.
Assim como Marlene não podia ser execrada e condenada por causa de um relatório que sequer havia tido um julgamento pela corte (o TCE), Andrade agora não pode ser tido como condenado, sem direito a defesa, por um relatório com status de dossiê.
Marlene Alves, até que se prove – efetivamente e com a devida subscrição da justiça – o contrário, tem uma história como professora e reitora que precisa ser respeitada. José Cristóvão de Andrade, até que se prove – efetivamente e com a devida subscrição da justiça – o contrário, tem uma história como professor e líder classista que precisa ser respeitada.
Por mais graves que sejam as denúncias e acusações, ninguém pode ser sentenciado por meio de dossiês. É preciso que se apure. E, enquanto isso, se espere e se matenha o devido respeito às pessoas e suas histórias.
Veja, abaixo, a nota divulgada hoje pela comissão:
DOSSIÊ REVELA O DESCALABRO NA GESTÃO DO SINDICATO DOS PROFESSORES DA ADUEPB
O que dizer de uma hipoteca da sede de sindicato para pagar uma dívida de mais de R$ 30 mil? E do gasto de mais de R$ 33 mil com combustível, se a entidade não tem nenhum veículo, despesa que se soma a mais de R$ 17 mil com pagamento de táxi? E da nababesca despesa de mais de R$ 74 mil em supermercados, restaurantes, lancho-netes e até choperias? Tudo isto revela o que foi chamado de “retrato cinzento e des-botado” da gestão do sindicato dos professores da UEPB – ADUEPB - e está sendo denunciado através de um “Dossiê da Vergonha” que revela o verdadeiro festival de gastos e locupletação com o dinheiro dos professores, tudo patrocinado pelo então pre-sidente da ADUEPB José Cristóvão Andrade, conhecido como “professor Andrade” que também foi candidato a Reitor nas últimas eleições para este cargo.
Detalhado e contundente este relatório - elaborado pela Comissão Gestora Provisória do Sindicato cuja presidente é a professora Cristiane Nepomuceno - está sendo distri-buído em todos os campi da universidade para denunciar o que foi classificado como “uma triste realidade formada pelo descaso administrativo, pela mais completa desor-ganização contábil, por uma irresponsabilidade na gestão financeira e por um percep-tível descalabro na representação de nosso Sindicato, colocado a serviço de interesses pessoais e particulares”.
Denominado de “Dossiê da Vergonha”, o relatório revela toda a movimentação finan-ceira da entidade de representação dos docentes da UEPB – no período de janeiro a agosto deste ano – e tem como base uma auditoria contábil, assinada pelo contador Israel de Sousa Silva, que identificou “significativas deficiências no Controle das Fi-nanças da entidade”.
O “Dossiê da Vergonha” revelou que a ADUEPB – mesmo servindo no dia a dia ape-nas café, açúcar e as vezes biscoito – gastou mais de R$43 mil com supermercados que se somam a mais de R$ 15 mil em nome do professor Andrade. E apesar deste vo-lume de compras, ainda se registrou o consumo em restaurantes, lanchonetes e até choperias de cerca de R$ 16 mil.
Da mesa farta ao transporte, a auditoria identificou que – mesmo sem ter nenhum veí-culo – a gestão do professor Andrade – de janeiro a agosto - gastou mais de R$ 33 mil com pagamento de combustível o que daria comprar – a um valor de R$ 2.88 reais – mais de 11 mil litros de combustível. Com este combustível, segundo o “Dossiê da Vergonha” “daria pra cruzar a Paraíba de leste a oeste 234 vezes”. E para completar no item transportes ainda foi identificado o gasto de mais de R$ 17 mil em pagamento de táxis.
Entre as maiores estranhezas apontadas pelo “Dossiê da Vergonha” verifica-se que a ADUEPB teve um imóvel, onde funcionava a sua sede, hipotecado para pagamento de uma dívida de R$ 31,4 mil, para que foram emitidos 18 cheques da entidade. E o mais “estranho” foi o empréstimo feito então presidente Andrade, em julho, no valor R$ 4,8 mil, para que emitiu dois cheques pré-datados do Sindicato de R$ 2,5 mil cada. O de-talhe é que, em junho, a receita da ADUEPB foi de R$ 92,1 mil.
Campina Grande, 17 de outubro de 2013
Professora Cristiane Nepomuceno – Presidente da Comissão Gestora Provisória da ADUEPB
Assessoria de Imprensa
Pois bem, não demorou e, agora, explode um relatório que teria sido elaborado pela Comissão Gestora Provisória da Associação, que tem como presidente a professora Cristiane Nepomuceno, batizado de “Dossiê da Vergonha”, com gravíssimas acusações contra Andrade referentes a gastos estratosféricos com combustível, supermercados, restaurantes, lanchonetes e até choperias.
Segundo o balanço, de janeiro a agosto, os gastos com combustíveis (R$33 mil) dariam para ir de uma ponta a outra da Paraíba, leste a oeste, 234 vezes. Além disso, o relatório apontaria uma série de operações tidas como suspeitas, envolvendo empréstimos, emissão de cheques e a hipoteca da sede para pagamento de dívidas.
O que dizer de tudo isso? O mesmo que ponderamos à época em que um “dossiê” contra Marlene repercutia diariamente e era reverberado pelo próprio Andrade como meio de pressionar o Governo do Estado a não nomear o mais votado na consulta prévia para a reitoria, Rangel Júnior (o que acabou não dando certo): as denúncias são graves, mas é preciso ir com calma e ter respeito pelos envolvidos.
Assim como Marlene não podia ser execrada e condenada por causa de um relatório que sequer havia tido um julgamento pela corte (o TCE), Andrade agora não pode ser tido como condenado, sem direito a defesa, por um relatório com status de dossiê.
Marlene Alves, até que se prove – efetivamente e com a devida subscrição da justiça – o contrário, tem uma história como professora e reitora que precisa ser respeitada. José Cristóvão de Andrade, até que se prove – efetivamente e com a devida subscrição da justiça – o contrário, tem uma história como professor e líder classista que precisa ser respeitada.
Por mais graves que sejam as denúncias e acusações, ninguém pode ser sentenciado por meio de dossiês. É preciso que se apure. E, enquanto isso, se espere e se matenha o devido respeito às pessoas e suas histórias.
Veja, abaixo, a nota divulgada hoje pela comissão:
DOSSIÊ REVELA O DESCALABRO NA GESTÃO DO SINDICATO DOS PROFESSORES DA ADUEPB
O que dizer de uma hipoteca da sede de sindicato para pagar uma dívida de mais de R$ 30 mil? E do gasto de mais de R$ 33 mil com combustível, se a entidade não tem nenhum veículo, despesa que se soma a mais de R$ 17 mil com pagamento de táxi? E da nababesca despesa de mais de R$ 74 mil em supermercados, restaurantes, lancho-netes e até choperias? Tudo isto revela o que foi chamado de “retrato cinzento e des-botado” da gestão do sindicato dos professores da UEPB – ADUEPB - e está sendo denunciado através de um “Dossiê da Vergonha” que revela o verdadeiro festival de gastos e locupletação com o dinheiro dos professores, tudo patrocinado pelo então pre-sidente da ADUEPB José Cristóvão Andrade, conhecido como “professor Andrade” que também foi candidato a Reitor nas últimas eleições para este cargo.
Detalhado e contundente este relatório - elaborado pela Comissão Gestora Provisória do Sindicato cuja presidente é a professora Cristiane Nepomuceno - está sendo distri-buído em todos os campi da universidade para denunciar o que foi classificado como “uma triste realidade formada pelo descaso administrativo, pela mais completa desor-ganização contábil, por uma irresponsabilidade na gestão financeira e por um percep-tível descalabro na representação de nosso Sindicato, colocado a serviço de interesses pessoais e particulares”.
Denominado de “Dossiê da Vergonha”, o relatório revela toda a movimentação finan-ceira da entidade de representação dos docentes da UEPB – no período de janeiro a agosto deste ano – e tem como base uma auditoria contábil, assinada pelo contador Israel de Sousa Silva, que identificou “significativas deficiências no Controle das Fi-nanças da entidade”.
O “Dossiê da Vergonha” revelou que a ADUEPB – mesmo servindo no dia a dia ape-nas café, açúcar e as vezes biscoito – gastou mais de R$43 mil com supermercados que se somam a mais de R$ 15 mil em nome do professor Andrade. E apesar deste vo-lume de compras, ainda se registrou o consumo em restaurantes, lanchonetes e até choperias de cerca de R$ 16 mil.
Da mesa farta ao transporte, a auditoria identificou que – mesmo sem ter nenhum veí-culo – a gestão do professor Andrade – de janeiro a agosto - gastou mais de R$ 33 mil com pagamento de combustível o que daria comprar – a um valor de R$ 2.88 reais – mais de 11 mil litros de combustível. Com este combustível, segundo o “Dossiê da Vergonha” “daria pra cruzar a Paraíba de leste a oeste 234 vezes”. E para completar no item transportes ainda foi identificado o gasto de mais de R$ 17 mil em pagamento de táxis.
Entre as maiores estranhezas apontadas pelo “Dossiê da Vergonha” verifica-se que a ADUEPB teve um imóvel, onde funcionava a sua sede, hipotecado para pagamento de uma dívida de R$ 31,4 mil, para que foram emitidos 18 cheques da entidade. E o mais “estranho” foi o empréstimo feito então presidente Andrade, em julho, no valor R$ 4,8 mil, para que emitiu dois cheques pré-datados do Sindicato de R$ 2,5 mil cada. O de-talhe é que, em junho, a receita da ADUEPB foi de R$ 92,1 mil.
Campina Grande, 17 de outubro de 2013
Professora Cristiane Nepomuceno – Presidente da Comissão Gestora Provisória da ADUEPB
Assessoria de Imprensa
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