Na tribuna da Câmara, Elizabeth Marinheiro cobra subvenção e chama vereador de "enrolão" e “cadelo”


A respeitada e festejada professora Elizabeth Marinheiro ocupou os microfones da Câmara Municipal nesta terça-feira, 03, para cobrar o repasse de subvenção por parte da Prefeitura de Campina Grande para a instituição que é sua honra e glória, a Fundação Artístico Cultural Manuel Bandeira (Facma).

No tom semelhante ao que usou recentemente para atacar a cantora Elba Ramalho, irritada por não ter recebido da artista os salamaleques que julgava justos e necessários, a professora desancou pesadamente a secretária de Cultura, Marlene Alves (a quem disse desconhecer) e exigiu do prefeito Romero Rodrigues uma audiência que o chefe do poder executivo teria prometido.

No mais, além da exaltação própria, usou, ao dirigir-se ao vereador Pimentel Filho (PMDB), a quem disse ter pego no colo quando menino, termos bastante inapropriados para o ambiente de um plenário da Câmara Municipal.

“(...) Senhor presidente Pimentel Filho, o enrolão que eu botei nos braços na Rua Vila Nova da Rainha. Botei nos braços esse cadelo, esse moleque (...)”, bradou da tribuna, em tom de pesada ironia e de exagerada informalidade, para uma platéia perplexa.

Constrangido, Pimentel Filho – logo ele, decano da Casa, zeloso ao extremo do respeito à liturgia do legislativo e da formalidade e bons modos entre os vereadores – limitou-se a tentar tratar o caso com naturalidade.

“Betinha é essa pessoa querida por Campina Grande, é a própria cultura. O conhecimento de Betinha extrapola até os entendimentos dessa cidade. E pelo carinho que temos, realmente cresci na casa de Betinha e ela tem todo o direito de me tratar ainda como menino”, respondeu Pimentel Filho.

Pode ter todo o direito, mas não no plenário da Câmara Municipal, ocupando um espaço e um tempo em que interesses maiores dos cidadãos campinenses, que não vaidades pessoais e intimidades exageradas, devem ser prioridade. Foi inapropriado, foi grosseiro e foi constrangedor.

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