“Vereador que tem compromisso com a comunidade às vezes fica no vermelho”, diz Marinaldo Cardoso sobre salário

O vereador Marinaldo Cardoso (PRB) afirmou ontem à tarde que considera “bom” o salário pago pela Câmara Municipal de Campina Grande, mas garantiu que o subsídio não dá margem para poupança. Até dezembro, os vereadores de Campina Grande recebiam R$ 7.430,39, mas o valor foi reajustado, no final da antiga legislatura e em benefício da atual, para R$ 12.025,25.

“Primeiro, que o salário, com os descontos, não fica em R$ 12 mil, mas cerca de R$ 8 mil. Confesso que não é um mau salário. Agora, o vereador que tem compromisso com a comunidade, que está nas bases trabalhando, correndo atrás, às vezes se fica no vermelho. Mas, não estou me queixando”, ponderou Marinaldo, que é presidente da Comissão Permanente de Finanças, Orçamento, Fiscalização Financeira e Controle da Câmara Municipal de Campina Grande.

No primeiro semestre, o parlamentar do PRB foi o segundo entre os 23 vereadores em número de proposituras apresentadas na Câmara, com vinte projetos de Lei Ordinária e 204 requerimentos no total.

Marinaldo Cardoso afirma ser a favor da redução do período de recesso parlamentar. Atualmente, os vereadores de Campina Grande têm, somados, cerca de noventa dias de recesso por ano, contados os trinta dias entre junho e julho e os cerca de sessenta dias entre dezembro e fevereiro. Mas, ele assegura que nem todos os parlamentares cruzam os braços durante o período.

“Mesmo no recesso, eu não parei de trabalhar. Participo de cinco conselhos na cidade e mesmo nesse período fico sem almoçar para participar de reuniões”, ponderou. O atual recesso, iniciado no dia 20 de junho, termina oficialmente no próximo dia 20, um sábado, devendo o legislativo municipal voltar a se reunir, para a primeira sessão ordinária do segundo semestre, na próxima terça-feira, 23.

Nesse período, os vereadores foram convocados três vezes para sessões extraordinárias, a primeira delas suspensa por determinação da justiça, porque Rodrigo Ramos (PMN), da oposição, alegava não ter sido convocado oficialmente.

Além dos vencimentos, os vereadores campinenses recebem mais R$ 4,8 mil a título de verba de gabinete, para cobrir, principalmente, despesas com assessores. Um fato curioso em relação aos atuais salários do legislativo municipal é que por pouco os atuais vereadores não ficaram com os valores antigos, já que, em dezembro, o então prefeito Veneziano Vital do Rêgo não sancionou o reajuste, que beneficiava também o novo prefeito e vice-prefeito. À época, Veneziano alegou que não “se sentia à vontade” para sancionar o aumento. Contudo, valendo-se das prerrogativas do cargo, o presidente da Câmara, Nelson Gomes Filho, que hoje se mantém na função, promulgou o reajuste.

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