
O que importa – e impressiona – é ver um deputado estadual usando tal palavreado, à guisa de argumento, como resposta a uma discussão. Um palavreado que desrespeita alguém por conta da sua idade. Pelas palavras de Doda, quem tem idade é caduco, logo, portanto, indigno de atenção ou de respeito.
José Maranhão não é um primor de oratória – Doda, por sinal, menos ainda. Bem menos ainda. José Maranhão não foi um grande governante (o terceiro mandato foi uma lástima, uma vergonha, um escândalo), e a prova disso é que foi rechaçado pelo povo, nas urnas, duas vezes (sem contar o pleito de 2012), de forma categórica. Mas, tenha sido como for, chegou onde o jovem deputado de Queimadas jamais chegará.
E, ademais, se houvesse uma competição que medisse capacidade, o que diria a bolsa de apostas? É tão óbvio que nem se faz necessário responder.
O deputado Doda de Tião, na verdade, usou tal “argumento” para rechaçar Maranhão, justamente porque não demonstra conteúdo para elaborar um raciocínio inteligível, sensato e coerente. Daí, veio de pronto a dialética grosseira, o raciocínio do ataque à pessoa, da desqualificação.
Os cabelos brancos de um homem não deveriam servir de motivo para que alguém, ainda mais um deputado, o ofenda. Pelo contrário, deveriam ser razão de moderação na linguagem. Estou longe de ser admirador do ex-governador José Maranhão. Muito longe. Mas, as pessoas merecem respeito. Argumento se combate com argumento.
Quem não pode argumentar, que se cale. Afinal, nem só os velhos caducam...
3 Comentários