Funcionária que age como vereadora e já desautorizou o presidente da CMCG destrata profissionais da imprensa

Uma servidora da Câmara Municipal de Campina Grande, que responde pela atividade de secretária, mas porta-se como se fosse um dos vereadores, inclusive já tendo até chegado ao cúmulo de desautorizar o presidente Nelson Gomes Filho perante o repórter de uma emissora de rádio, vem, obviamente excedendo os limites das suas atribuições, portando-se como bedel puxadora de orelha dos jornalistas, radialistas e fotógrafos que freqüentam aquela casa.

Extrapolando as suas funções, a servidora acumula desentendimentos com os profissionais de imprensa, frequentemente tratados de forma grosseira. A “vítima” da vez foi este jornalista, que recebeu a solidariedade de outros colegas já afrontados, e que sugeriram comunicar o caso ao presidente da Câmara, Nelson Gomes Filho, com pedido de providências.

Para garantir o bom andamento da sessão e o cumprimento do Regimento Interno da Casa, a direção da CMCG normatizou o acesso de profissionais da imprensa durante o transcorrer das sessões. A regra, transmitida a todos pelo setor de imprensa, é de que, por exemplo, em caso de fotografias, o profissional deve acessar o plenário, fazer as fotos, e voltar ao setor reservado à imprensa.

Hoje, quando tentávamos fotografar o vereador Lula Cabral, que fazia um pronunciamento interessante da sua bancada, fomos interpelados pela servidora, em tom imperativo e autoritário, como se estivéssemos cometendo um crime. Questionamos como faríamos imagens do vereador sem acessar o plenário, e a resposta foi um simples “não faça” – o que, aliás, ignoramos.

Minutos depois, ao encontrar a servidora em um dos corredores e buscarmos esclarecer o caso, mostrando que estamos naquele ambiente a serviço e que prestamos um trabalho de utilidade pública, fomos mais uma vez tratados com grosserias (inclusive a servidora bradando que não tem medo de jornalista e "o problema é seu") e, como no manual jornalístico não há qualquer regra sobre agüentarmos desaforos, respondemos na mesma moeda.

O curioso é ver a secretária citando o Regimento Interno, como se fosse de competência dela, e não da mesa diretora da CMCG, fazer cumprir a normativa da Casa. Diante da reincidência das agressões a profissionais da imprensa, o caso será levado ao presidente Nelson Gomes Filho. Afinal, o que traz maior desordem e vergonha para um parlamento são servidores que começam a se achar acima dos parlamentares, chegando à ousadia de modificar normas e querer ditar regras. Aí, sim, para usar uma expressão de um vereador, a Câmara corre o risco de virar casa de Noca.

PS: 

O nome da funcionária não foi mencionado aqui (ainda) porque não pretendemos promover quem se comporta de tal forma.

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