Dez vereadores já assinaram requerimento para instalação da “CPI da Maranata”

A vereadora Ivonete Ludgério (PSB), líder da bancada governista na Câmara Municipal de Campina Grande, afirmou ontem já ter alcançado assinaturas suficientes para instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito com o objetivo de investigar os contratos da empresa Maranata com o município na gestão passada, do prefeito Veneziano Vital do Rêgo. Até ontem, nove vereadores, além da própria Ivonete, já haviam assinado o documento. “Outros colegas ainda deverão subscrever o requerimento”, explicou a parlamentar.

Ivonete Ludgério ainda confirmou que, antes de protocolar o pedido da CPI, vai esperar parecer da procuradoria da Câmara sobre a constitucionalidade da matéria e detalhes de determinados aspectos do texto. A procuradora Cassimira Alves não quis gravar entrevista, mas disse acreditar que há elementos suficientes para justificar a instauração do procedimento investigatório. Ela acredita que ainda esta semana entregará seu parecer à líder da bancada governista.

O requerimento já foi subscrito pelos vereadores Lula Cabral (PRB), Marinaldo Cardoso (PRB), Bruno Cunha Lima (PSDB), Murilo Galdino (PSB), Cícero Buchada (PTN), Vaninho Aragão (DEM), Miguel Rodrigues (PPS), Saulo Noronha (DEM) e Jóia Germano (PRP), além da própria Ivonete.

De acordo com o Regimento Interno da Câmara Municipal de Campina Grande, para abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito, é necessário o apoio de pelo menos um terço dos vereadores, em números atuais oito assinaturas, duas a menos do que o total já conseguido pela líder governista. O vereador Olímpio Oliveira (PMDB), único que tem falado em nome da oposição, disse não ter tido acesso, até ontem, ao requerimento, mas não se mostrou favorável à CPI.

“Já tivemos diversas investigações em relação a essa empresa, por parte do Tribunal de Contas do Estado, da Justiça Eleitoral, do Ministério do Trabalho. Precisa saber qual é o fundamento do teor dessa CPI. Essa é uma das empresas que mais passou por apuração em Campina Grande. O resultado de todas essas investigações foi que todos os contratos estavam corretos, sem nenhum tipo de referência negativa”, comentou o peemedebista.

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