Trabalhadores da Energisa poderão entrar em greve em 222 cidades, anuncia sindicato


O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas da Paraíba (STIUPB) revelou, através do presidente Wilton Maia, que os funcionários da Energisa poderão cruzar os braços em 222 municípios do Estado. A única exceção seria João Pessoa, onde os trabalhadores são representados por outro sindicato. De acordo com Wilton, a Energisa pratica um tratamento discriminatório em relação aos funcionários das cidades do interior paraibano, inclusive com diferença salarial.

Outro problema identificado pelo sindicato é a demissão em massa de funcionários. “Reivindicamos o tratamento isonômico para todos os colaboradores, o que hoje não acontece. Além disso, somente nos últimos trinta dias, cerca de cinqüenta trabalhadores foram demitidos. Vamos solicitar na justiça a readmissão destes trabalhadores, porque demissões em massa só podem ocorrer após negociação com o sindicato”, explicou o sindicalista.

A audiência de conciliação, ocorrida na última segunda-feira, no Tribunal Regional do Trabalho, terminou sem avanços. Uma nova audiência está agendada para o dia 14 de fevereiro.  O STIUPB também denunciou a prática da terceirização de serviços pela Energisa, o que, segundo Wilton Maia, incorre em ilegalidade. “Conforme determina a Lei Nº 8.987/95, os serviços afins da empresa não podem ser terceirizados. Estamos promovendo uma ação civil pública para coibir esse absurdo”, declarou.

O sindicato explica que a Energisa optou por focar suas negociações com a entidade representativa dos eletricitários na capital, em detrimento aos trabalhadores do restante da Paraíba. “A empresa prejudica a vida dos empregados de todo o Estado por conta de um acordo que beneficia unicamente os interesses da própria empresa, que só deseja implantar os mesmos reajustes concedidos aos trabalhadores lotados em João Pessoa”, reclama Wilton.

Diante do impasse, o STIUPB vai convocar os trabalhadores para uma assembleia que deverá ocorrer na próxima sexta-feira (08/02), às 18 horas, na sede do sindicato, que fica na Rua Tavares Cavalcante, 199, Centro de Campina Grande.

Assessoria

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