Diante da fragilidade na cada vez mais diminuta bancada
oposicionista na Câmara Municipal de Campina Grande e tendo em vista o
reaparecimento em setores da mídia da candidata derrotada nas eleições do ano
passado, Tatiana Medeiros, fica no ar a dúvida sobre quem deverá liderar a
oposição ao prefeito Romero Rodrigues.
Tatiana, que pretende sair candidata a deputada estadual em
2014, nitidamente se mostra disposta à missão, no entanto sequer tem
legitimidade para a tarefa. A médica não é uma liderança política, não tem
expressão partidária, e registra em seu currículo apenas duas candidaturas e
duas derrotas.
A última, por sinal, dividindo o bloco aliado e pondo em
confronto o próprio PMDB. E nem mesmo a votação recebida no segundo turno
poderia ser apresentada como mérito próprio, porque, como é de domínio público,
tratou-se de uma transmissão do potencial eleitoral do ex-prefeito Veneziano
Vital do Rêgo. A presença da ex-secretária no cenário político foi meramente
incidental.
A oposição a Romero – e oposição é um quadro indispensável
ao bom andamento da coisa pública – poderia ser liderada por um vereador, que
tem a legitimidade devida para tal fim. Mas, é possível e provável que, ao
menos por ora, na prática nenhum nome se apresente para o posto na Casa de Félix Araújo.
Todavia, há nomes qualificados para o contraponto ao
governo. Caso, por exemplo, do senador Vital do Rêgo. O óbice é que Vitalzinho,
na condição de senador, não pode ser um opositor presencial.
Já seu irmão, Veneziano, não enfrenta essa dificuldade. Na
condição de líder político do seu bloco, de ex-prefeito da cidade e de pré-candidato
ao Governo do Estado, Veneziano tem os atributos, as qualidades e a
legitimidade que o credenciam como voz maior da oposição ao prefeito Romero
Rodrigues.
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