Veneziano diz que Romero teria usado dívidas de gestões passadas para revelar “rombo”

 Veja o texto divulgado pela assessoria do ex-prefeito Veneziano Vital do Rêgo.

O Prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues (PSDB) usou débitos de gestões de décadas passadas para criar um suposto “rombo” financeiro na Prefeitura de Campina Grande, atribuindo as dívidas à gestão Veneziano. A constatação foi feita após análise das dívidas elencadas por Romero, em entrevista coletiva concedida na semana passada.

Romero citou o que seria uma dívida superior a R$ 300 milhões. Porém, o que ele apresentou como dívida soma, exatos, R$ 206 milhões. Destes, Romero cita “dívidas de precatórios superiores a R$ 100 milhões”. O que ele não disse é que estas dívidas foram geradas em administrações passadas, muitas delas, décadas atrás.

Análise na relação de precatórios da PMCG feita pelos técnicos dos setores financeiro e contábil da administração Veneziano comprovou que, do total de precatórios, não chega a R$ 15 milhões os inscritos entre os anos de 2005 e 2012. Mesmo assim, dívida inscrita em um período administrativo não quer dizer que ela tenha sido gerada neste período.

“Dos inscritos de 2005 a 2012, a grande maioria foi gerada em períodos administrativos anteriores e só depois inscritos na dívida ativa, por força de decisões do Tribunal de Justiça, do Tribunal Regional do Trabalho ou da Justiça Comum”, afirmou Veneziano.

“Ao contrário do que tenta passar à opinião pública, as informações do atual prefeito são desencontradas. Estes menos de R$ 15 milhões que identificamos não são, necessariamente, dívidas geradas em nosso período administrativo e sim, em outras gestões, mas só depois inscritas como precatórios”, reafirmou Veneziano.

Outras dívidas criadas – Veneziano também recebeu informações de técnicos que atuaram em sua gestão dando conta de que outros débitos apresentados por Romero são equivocados ou, simplesmente, inexistentes. É o caso da suposta dívida de R$ 2 milhões referente ao pagamento da compra do prédio onde foi instalado o Hospital Municipal da Criança e do Adolescente, uma importante ação da gestão Veneziano.

“Do valor total da aquisição do prédio (R$ 3,7 milhões) restaram apenas R$ 100 mil a pagar e não R$ 2 milhões, como equivocadamente foi apresentado. Mesmo assim, o pagamento ficou garantido com o saldo que deixamos de R$ 22.990.939,29, transferidos pelo Governo Federal no dia 28 de dezembro, em recursos da Saúde”, disse Veneziano.

Sobre a dívida apresentada por Romero relacionada a Treze e Campinense, os técnicos da gestão anterior informaram que ela simplesmente inexiste. Veneziano lembrou que, pelo contrato firmado pelos clubes de forma pioneira em sua gestão, a partir de 2008, visando contribuir para o fortalecimento de Treze e Campinense, a Prefeitura repassaria o patrocínio mensal de R$ 30 mil a cada clube mediante as equipes divulgarem nas camisas o emblema da Prefeitura de Campina Grande em jogos oficiais.

“Nos últimos três meses do ano Treze e Campinense não atuaram em jogos oficiais. Isso foi discutido, inclusive, numa reunião que tive com dirigentes dos clubes, realizada no Teatro Rosil Cavalcanti, na última semana da nossa gestão. O Tribunal de Contas não permite repasse de recursos sem a existência da contrapartida dos clubes, que é a exibição do brasão da Prefeitura nos jogos oficiais”, lembrou Veneziano.

Segundo Veneziano, a atual gestão, talvez por não ter interesse em renovar o contrato com os clubes, considerando que o Campeonato Paraibano já começou, “cria uma dívida inexistente para gerar uma suporta inviabilidade de patrocínio, o que é lamentável, pois a torcida também espera que a gestão comece a trabalhar pela cidade”.

Folha – Para Veneziano, ficou “claro e evidente” o interesse da atual gestão de utilizar os recursos deixados em caixa, para pagar a folha de janeiro, e não os remanescentes de dezembro e do 13º. “Ficou muito evidente essa estratégia, se apropriando dos recursos que deixamos em caixa para pagar janeiro e não o que ficou remanescente, pois todos viram, pelos extratos que publicamos, que os recursos ficaram e que os pagamentos só não foi efetuado em função da não movimentação bancária no dia 31 de dezembro”.

Ele lembrou que os recursos que ficaram nas contas Movimento e Convênio da PMCG deveriam ter sido utilizados para pagamento de funcionários e fornecedores, pois “eram mais que suficientes para quitar nossas obrigações com servidores e fornecedores.

“Fico muito à vontade para falar sobre estes assuntos, mostrando estes dados, pois todos eles serão auditados pela nossa corte de contas, que é o Tribunal de Contas a Paraíba e, quando isso ocorrer, todos verão quem está com a razão. Não é à toa que eles sempre nos criticaram, sempre criaram factóides e, todos os anos nossas contas são aprovadas, por unanimidade e sem ressalvas”, lembrou Veneziano.

Veneziano encerrou dizendo que continua torcendo para que a nova gestão acerte, a exemplo do que já afirmaram o Senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) e a Deputada Federal Nilda Gondim (PMDB-PB) – que, inclusive, diferente de Romero quando era Deputado Federal, já direcionaram recursos de suas emendas parlamentares para Campina Grande. “O problema é que a nova gestão precisa começar a trabalhar”.

Fonte: Assessoria

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