Prefeito Romero retarda nomeação de comissionados para economizar em janeiro

O prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues, anunciou ontem que algumas nomeações para cargos de confiança serão retardadas, numa estratégia para economizar com despesas de pessoal a fim amortizar os atrasos da prefeitura com parte dos servidores, que não receberam os vencimentos de dezembro e o décimo terceiro.

Com isso, alguns cargos do segundo escalão ficarão sob a incumbência, temporariamente, de secretários municipais. É o caso da Guarda Civil, que será comandada provisoriamente pelo chefe de gabinete da prefeitura, Tovar Correia Lima, e da Defesa Civil, que ficará a cargo de Geraldo Nóbrega, secretário de Serviços Urbanos.

“Com isso, nós teremos condições de economizar. Se não economizarmos no primeiro mês, vamos economizar quando? De toda a nossa gestão, a menor folha que teremos será essa. Naturalmente, as coisas irão se acomodando e a folha crescerá, mesmo porque a gente precisa preencher as secretarias. Mas, temos que pedir paciência, pelo menos em janeiro, onde temos praticamente três folhas para pagar”, declarou, referindo-se aos salários atrasados e à folha do próprio mês.

O prefeito se solidarizou com os trabalhadores que estão com vencimentos atrasados, mas também pediu paciência à categoria.

Romero explicou que a prioridade, por ora, é pagar em dia o mês de janeiro.  “Se tiver condições, vamos, inclusive, antecipar um pouco essa folha, por conta dessas dificuldades dos meses anteriores. E, além disso, pagar uma parte do mês de dezembro e do décimo terceiro”, disse.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores Públicos Municipais do Agreste da Borborema (Sintab), Napoleão Maracajá, que é também vereador do PC do B em Campina Grande, quer que a prefeitura realize um empréstimo para sanar integralmente a dívida com os servidores, mas o prefeito propõe parcelar o pagamento. Napoleão e Romero se reunirão na próxima quinta-feira, 10, e o prefeito explica que a data não foi escolhida por acaso.

“É o dia da primeira receita que a prefeitura vai receber no ano. Pedi ao presidente que esperasse até esta data porque não adianta conversar sem ter pelo menos noção de arrecadação. Aí teremos uma definição mais clara de como a coisa se dará”, revelou Romero Rodrigues. A receita em questão é a primeira parcela do mês do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).

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