Denúncias de Cassiano reclamam uma só resposta da Justiça e da Câmara Municipal: investigação

Desde a crise instalada no governo do prefeito Plínio Lemos, no início dos anos cinqüenta, que acabaria levando à morte o vereador Félix Araújo, não se viu um desfiar de acusações generalizadas contra membros de uma gestão em Campina Grande com a gravidade do que desatou o ex-vereador Cassiano Pascoal nas redes sociais.

O jovem peemedebista detonou importantes nomes do governo do ex-prefeito Veneziano Vital do Rêgo, buscando poupar o ex-chefe do executivo, mas falando que pessoas teriam saído ricas do governo, torpedeando supostas “aves de rapina” e garantindo que havia “bandidos” – termo pior, impossível – infiltrados na administração passada.

Do que mais os setores competentes, desde a Justiça até a Câmara Municipal, precisam para reagir da forma que se espera, que é investigando? Ora, Cassiano Pascoal não é uma figura qualquer. Trata-se de um nome da elite do governo Veneziano, tendo, inclusive, sido secretário municipal.

O ex-vereador foi defensor intransigente da gestão do correligionário e, como é de domínio público, sua mãe, que também foi secretária, concorreu à PMCG como candidata oficial do governo. No mais, Cassiano pode ser jovem, mas não é um inconsequente que jogaria merda no ventilador (perdoem à renúncia a eufemismos) sem ter noção do que estava fazendo e dizendo.

Se são verdadeiras ou não as acusações gravíssimas do ex-vereador, não há como dizer, mas essa gravidade toda exige apuração urgente, profunda e firme. Cabe à Justiça, como também ao legislativo, dar respostas ao estarrecimento que tomou conta da cidade diante das alarmantes declarações de Cassiano Pascoal.

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