A questão: se o prédio da Mater Dei não foi pago, cadê os R$ 3 milhões restantes da venda do DTOG?

Apesar das incontáveis queixas e reclamações envolvendo o governo terminal do prefeito Veneziano Vital do Rêgo, uma nota na coluna do colega jornalista Arimatea Souza, no Jornal da Paraíba, pode ser a maior bomba detonada nestes controversos dias de fim de gestão.

Segundo a nota, já amplamente repercutida na cidade, os proprietários da antiga clínica Mater Dei teriam procurado o prefeito eleito Romero Rodrigues para informar que não receberam R$ 2,3 milhões dos R$ 3,7 milhões da venda do imóvel à Prefeitura Municipal de Campina Grande.

Logo, o suposto calote virou tema da ordem do dia, ressoando como um escândalo. Mas, esse aspecto é, para todos os fins, o que menos importa. O fato que realmente interessa, a pergunta que não quer – e não pode – calar é: se a informação for verdadeira, o que foi feito com os demais recursos provenientes da venda do antigo DTOG?

O imóvel do município foi vendido, com autorização de Câmara Municipal, por R$ 4,51 milhões – apesar de haver uma emenda, aprovada pelos vereadores, estabelecendo o preço mínimo em R$ 6,38 milhões. Além disso, ficou estabelecido, através de outra emenda, que 10% do valor da venda deveriam ser repassados à Câmara, para custear a reforma do prédio.

Até agora, segundo o presidente Nelson Gomes Filho, nenhum tostão foi repassado ao legislativo. O prédio da Mater Dei foi vendido à prefeitura por R$ 3,7 milhões. Se a prefeitura de fato só pagou R$ 1,4 milhão, convém saber: onde estão os demais R$ 3,1 milhões?

Essa é a grande questão. Essa é a pergunta que precisa ser respondida. E com urgência.

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