"Arueira": Sem tropa de choque e blindagem na mídia, PMCG cala diante de queixas sobre finanças


Desde a semana passada, inúmeras queixas e reclamações envolvendo pagamentos não realizados pela PMCG tomam conta da pauta dos noticiários, em todas as mídias. Funcionários com salários atrasados, aposentados sem receber, entidades filantrópicas amargando o não repasse de subvenções e a vexatória situação da Guarda Municipal.

No ar, vai ficando uma sensação de fim de governo caótico, já se assemelhando ao que aconteceu nas exéquias da desastrada gestão Maranhão III. E o mais curioso e surpreendente é o silêncio que cerca o Palácio do Bispo, a despeito de toda essa barulheira que a imprensa vem repercutindo.

A tropa de choque, formada por assessores dos primeiros escalões e governistas em geral, passando até pelos incontáveis “fakes” das redes sociais, mostra-se recolhida, sem a empolgação avassaladora e virulenta de tempos muito recentes.

Uma hora Veneziano vai romper o silêncio, afinal, ao contrário de Maranhão, que (mesmo sem se dar conta), ao terminar seu governo dava os últimos suspiros políticos, o prefeito tem planos futuros e, portanto, não pode se permitir silenciosamente ser malhado em praça pública, feito Judas na semana santa. Precisará justificar e explicar tantas reclamações.

Um fato, porém, é inegável. Desde o último dia 28, parte da mídia, que cuidava de antecipar a blindagem ao prefeito, mudou o discurso. Alguns fatos que hoje são denunciados em quase todos os espaços, como os atrasos nas subvenções, por exemplo, eram temas vetados em certas emissoras e portais até outubro.

Pôr aos pés quase toda a imprensa é uma estratégia que, a médio prazo, mostra-se desastrosa. Porque quem se deixa subjugar pratica a tese do “rei morto, rei posto”. Isso aconteceu com Maranhão. Isso acontece, agora, com Veneziano. Faz lembrar a canção de Vandré.

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