Opinião: Tropas federais estarão nas ruas de Campina Grande. Qual o problema?

A presença de homens do Exército nas ruas da cidade durante as eleições divide opiniões em Campina Grande. Muita gente não gosta, muita gente acha o reforço desnecessário, muita gente se diz incomodada e outros acreditam que a figura ostensiva de um militar não combina com o processo eleitoral democrático.

Opinião é opinião e cada um tem a sua, claro. No entanto, pessoalmente não consigo compartilhar desse sentimento. É preciso ser prático acima de tudo, principalmente no que tange a segurança. A vacina, ainda que amarga, é preventiva. E melhor prevenir que remediar, já diz o rifão.

Segurança nunca é demais, porque, nesse quesito, melhor pecar por excesso de precaução que por excesso de confiança. E quando se fala em eleição, esse entendimento fica ainda mais robusto. E quando se fala em eleição em Campina Grande, mais ainda.

É preciso admitir que as paixões ainda ardem em nossa terra com extravagância. É preciso admitir que as vésperas das eleições deixam no ar um cheiro estranho, um clima pesado, uma desconfiança generalizada e legítima. É forçoso reconhecer que não são poucos os que buscam burlar as leis. E ninguém quer ver a desordem tomando conta do processo.

Ademais, toda ação das polícias Militar e Civil, por mais corretas que sejam, sempre recebem de grupos políticos e áulicos em geral uma saraivada de acusações, sendo apontadas como intervenções com motivos políticos. Os cerca de quatrocentos homens das tropas federais não estarão nas ruas para intimidar cidadãos, mas para garantir a ordem e a segurança. E, como diz outro rifão popular: quem não deve, não teme.

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