Consenso no PC do B era impossível e partido libera filiados para adiar definições internas

Desde os tempos de pré-campanha, quando a reitora Marlene Alves ainda era pré-candidata à Prefeitura de Campina Grande, já havia uma intensa queda de braço nas hostes do PC do B municipal pelo controle dos destinos da legenda. A razão é que, por conveniência pessoal, uma ala pretendia manter a sigla do mesmo tamanho e na mesma condição de legenda inexpressiva na cidade.

Esse bloco, liderado por um sindicalista ligado ao Palácio do Bispo, tentou impedir que o projeto de candidatura própria fosse adiante. Marlene, com apoio de seu grupo, conseguiu contornar a manobra, mas, adiante, desistiu de concorrer e formalizou o apoio a Guilherme Almeida (PSC).

Todavia, já pelo meio da campanha, quando ficou patente que o deputado não decolaria na disputa, a queda de braço voltou a se acirrar. Um grupo se recusa inexoravelmente a apoiar a candidata do PMDB, Tatiana Medeiros, e outro não abre mão de apoiar a peemedebista. O conflito mostrou-se insanável.

Liberar os comunistas para que cada grupo siga seu próprio caminho foi, nesse momento, a saída possível diante do impasse sem solução. No entanto, já a curto prazo, o PC do B vai ter que resolver essa divisão do tipo água e óleo. Ou se renova de fato, dá espaço a novas lideranças sem que velhos comandantes estorvem o caminho, ou assume de vez o estado de nanico, feudo de pequenos senhores.

O fato de o partido ter hoje um vereador eleitor, o atuante sindicalista Napoleão Maracajá, deverá em breve desencadear essa discussão profunda e necessária. Até porque o novo parlamentar, de certo, não vai admitir ficar sob o controle dos vetustos donatários do PC do B.

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