Com partidos ainda mais partidos, Romero Rodrigues e Tatiana Medeiros disputam apoios avulsos

O deputado federal Romero Rodrigues (PSDB), candidato a prefeito pela coligação “Por amor a Campina”, e a peemedebista Tatiana Medeiros, da coligação “Campina segue em frente”, dificilmente conseguirão fechar adesões “de porteira fechada” com partidos para este segundo turno. O principal alvo das negociações, a deputada estadual Daniella Ribeiro (PP), que ficou na terceira colocação no pleito de domingo passado, decidiu manter uma posição de neutralidade. Em carta, Daniella desqualificou os postulantes que prosseguem na disputa.

“Campina merece muito mais do que está sendo colocado como opção nesse segundo turno. Os dois candidatos que disputarão, são, na verdade, apenas instrumentos dos seus tutores. Qual a autoridade que pode ter alguém para governar uma cidade, se nem a condução dos seus destinos é capaz de definir? Como pode a prefeitura ser entregue a alguém que será apenas uma figura decorativa a serviço do próximo degrau de poder?”, questionou.

O PT, que se dividiu profundamente no primeiro turno entre o grupo (majoritário) que apoiou Daniella e o segmento de Alexandre Almeida, que foi candidato, segue mais uma vez rachado. Ainda no dia da eleição, Alexandre confirmou que deveria apoiar Tatiana na seqüência da eleição. Os petistas pró-Daniella, que acusam Alexandre de ter agido como candidato laranja, vão, em sua maioria, votar em Romero, como gesto de represália à suposta intervenção do comando peemedebista nas decisões do PT.

Na última quarta-feira, o núcleo de Alexandre Almeida divulgou resolução confirmando o apoio à candidata governista. No documento, a legenda afirma que é preciso “vencer em Campina Grande uma imensa batalha para impedir o crescimento em nossa cidade do projeto de poder tucano, que notadamente buscará retomar o poder em nosso município, para que da serra da Borborema possa ter musculatura para voltar ao Governo do estado na Paraíba”.

Por outro lado, o petista suplente de vereador Perón Japiassu, que foi lançado como vice de Daniella e precisou recuar após a impugnação da aliança, afirmou que não pode apoiar quem, segundo ele, teria destruído o PT em Campina Grande, uma alusão ao comando do PMDB.

Na quarta-feira passada, Tatiana anunciou a adesão do PPS, selada com o diretório municipal do partido, que apoiou Daniella no primeiro turno. Horas depois, o Professor Miguel Rodrigues, vereador eleito da legenda, revelou que não havia acompanhado a decisão do diretório. Juntamente com a deputada estadual Gilma Germano, que preside a executiva estadual, Miguel declarou hoje apoio a Romero.

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