Audiência discute solução para impasse dos anestesiologistas em Campina Grande

A assinatura de contratos individuais de trabalho é a solução mais viável encontrada pelo governo do Estado e médicos anestesiologistas para evitar suspensão dos atendimentos cirúrgicos no Hospital de Urgência e Emergência Dom Luís Gonzaga Fernandes, de Campina Grande, a partir da próxima quarta-feira (24), data limite dada pela Justiça trabalhista para que as cooperativas médicas encerrem a prestação de serviços às unidades de saúde pública da Paraíba.

O entendimento que caminha para essa provisória solução do impasse aconteceu na manhã desta sexta-feira, 19, na sede do Ministério Público em de Campina Grande, entre o promotor de Justiça da Saúde, Luciano de Almeida Maracajá, o diretor do Hospital Dom Luís Gonzaga Fernandes, médico Geraldo Medeiros, e o presidente da Cooperativa Campinense de Anestesiologistas, Carlos Roberto de Sousa Oliveira.

Ao apresentar a proposta oferecida pelo governo, o médico Geraldo Medeiros garantiu que o Estado vai continuar pagando o mesmo valor – R$ 1.250 - aos anestesiologistas por cada plantão de 24 horas trabalhadas, como acontece enquanto cooperados, garantindo também que tentará uma solução definitiva para o problema, por meio de concurso público.

O médico-presidente da Cooperativa, Carlos Roberto de Sousa Oliveira, anunciou que vai discutir a proposta com a categoria, mas de antemão garantiu que nesta segunda-feira (22), irá se reunir com a própria direção do Dom Luís Gonzaga Fernandes para definir uma tabela de plantão, de modo que atenda as necessidades da categoria e do próprio hospital.

“Na verdade, a solução definitiva seria a realização de concurso. Entretanto, para evitar que a população de Campina Grande sofra um mal maior, inclusive, com a possibilidade de óbitos, partimos para esta conciliação”, explicou o promotor Luciano de Almeida Maracajá, que dirigiu a audiência com os anestesiologistas, juntamente com a coordenadora do Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Saúde da Paraíba, Adriana Amorim de Lacerda.

A Ação Civil, já transitado em julgado, determinando a rescisão contratual entre cooperativas médicas e hospitais públicos paraibanos, é de autoria do Ministério Público do Trabalho. A Justiça trabalhista a julgou procedente e determinou que esses serviços sejam interrompidos a partir da próxima quarta-feira.

Fonte: MP/PB

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