Prefeitáveis já buscam garantir adesões para o 2° turno. E mais: acertos e arapongagens


Faltando pouco menos de duas semanas para o primeiro turno das eleições, e mesmo não se podendo afirmar com total certeza se haverá segundo turno em Campina Grande – e, principalmente, quem estará na disputa – os candidatos considerados favoritos já começam a buscar costurar novos apoios e adesões.

É um trabalho de bastidores, silencioso, e nenhum grupo admite publicamente que já esteja com a cabeça no segundo “tempo” da corrida eleitoral, mas o fato é que a queda de braço para a conquista de adesões já começou. Apesar de só haver duas vagas num eventual segundo turno, a disputa por novos adeptos parte de três coligações: “Por amor a Campina”, do tucano Romero Rodrigues, “Campina segue em frente”, da peemedebista Tatiana Medeiros, e “Pra Campina crescer em paz”, de Daniella Ribeiro (PP).

Via de regra, o esforço de cooptação é comandado por assessores graduados dos prefeitáveis e mira, neste momento, sobretudo em nomes que disputam vagas na Câmara Municipal. Entre os alvos preferidos estão postulantes de reconhecida força eleitoral, inclusive candidatos dos três grupos que são concorrentes diretos.

No entanto, a se repetir o que aconteceu nas eleições municipais passadas, mesmo os postulantes com menor relevâncias nas urnas devem ser disputados pelos prefeitáveis que passarem para o segundo turno. Por outro lado, candidatos a vereador procuram levar as negociações em banho-maria, por duas razões.

A primeira, para tentar identificar quem é o concorrente favorito a vencer a eleição; A segunda, para esperar o resultado das urnas em 07 de outubro e, com a soma dos votos obtidos, valorizar-se nesse passageiro e intenso “mercado”.

Em 2008, diante da disputa acirrada no segundo turno entre os candidatos do PMDB e do PSDB, até postulantes ao legislativo que conseguiram pouco mais que algumas dezenas de votos se viram rapidamente valorizados. Não por acaso o PSOL enfrentou uma profunda crise interna, após a cúpula do partido confirmar que não apoiaria nenhum grupo e alguns militantes, que haviam sido candidatos a Câmara Municipal, contrariando a determinação da legenda resolverem anunciar publicamente suas adesões a um ou outro concorrente.

Além disso, tradicionalmente, após o fechamento das urnas no primeiro turno, entre os blocos dos principais prefeitáveis sempre se registra as mudanças de lado, principalmente com candidatos a vereador que não conseguem se eleger e se julgam desfavorecidos entre correligionários.

O que poucos confessam, ainda que nos bastidores, é qual a moeda de troca utilizada nas negociações. No discurso, quase sempre a alegação é de convencimento político, e a alardeada busca pelo melhor para a cidade. Acredite quem quiser.

Acerto

É provável que um marqueteiro que atualmente presta serviço para um prefeitável em Campina Grande se integre à campanha de Tatiana Medeiros, caso a peemedebista passe para o segundo turno. As negociações já estariam avançadas. Ou seja, não se esperou sequer que o moribundo (eleitoralmente, claro) fechasse os olhos.

Arapongagem

O que não falta nesse momento em Campina Grande é agente 007 fuçando a vida dos candidatos. Nenhum pecado será perdoado. Espionagem total. Além disso, há sempre aquelas figuras pequenas que integram um grupo e, julgando-se desvalorizados ou de olho na possibilidade do candidato “do outro lado” vencer, ficam num pé e noutro para mudar de time. E esse tipo de oportunista costuma ser sempre muito bem aceito.

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