Vai começar o guia eleitoral: Em Campina, promessa é de programação acalorada

O candidato do PSOL Sizenando Leal abrirá o guia dos prefeitáveis de Campina Grande. Ele tem o menor tempo entre os sete candidatos, um minuto e 33 segundos. Com poucos recursos, deverá repetir a forma utilizada pelo PSOL na eleição de 2008. O guia vai centrar-se num discurso que aponta os demais candidatos como representantes das chamadas oligarquias.

Em seguida, é a vez de Romero Rodrigues (PSDB), candidato da coligação “Por amor a Campina”, e que tem o maior tempo no guia, nove minutos e três segundos. Como acontece com todos os principais candidatos, o marketing do tucano evita dar maiores indícios de como será a propaganda no rádio e na televisão.

No entanto, a aposta inicial deverá ser numa linha propositiva, já que Romero aparece na ponta das pesquisas e, por isso, não há interesse de, pelo menos a princípio, entrar no confronto direto com adversários. O marketing do peessedebista vai trazer a mensagem de que a cidade precisa retomar o curso do desenvolvimento. O terceiro maior tempo é de Tatiana Medeiros (PMDB), da coligação “Campina segue em frente”, com seis minutos e quatro segundos. A estratégia da peemedebista terá duas frentes.

A primeira, trabalhará a vinculação da sua imagem a do prefeito Veneziano Vital do Rêgo, com a mensagem de que é preciso dar continuidade ao trabalho realizado nos últimos oito anos. A segunda, centrará fogo em adversários diretos, sobretudo, a princípio, Daniella Ribeiro, que, em tese, disputa a segunda vaga para o segundo turno com Tatiana.

Alexandre Almeida (PT) terá quatro minutos e 58 segundos. Sem coligação, o prefeitável, que briga na justiça com o partido para tentar manter-se na disputa, tende a se portar como uma espécie de segundo candidato aliado de Veneziano, inclusive torpedeando adversários do peemedebista. Alexandre vai tentar ligar sua imagem a do ex-presidente Lula e da presidente Dilma Rousseff, apresentando-se como um representante do modelo petista de governo. Em seguida, pela ordem de aparição, é a vez de Daniella Ribeiro (PP), da coligação “Pra Campina crescer em paz”, que terá um tempo total de três minutos e trinta segundos.

A propaganda da pepista também atuará em duas frentes. Uma delas procurará apresentá-la como nome de pacificação, com uma linha mais propositiva. Mas, o acirramento da disputa por uma das vagas no segundo turno levará, inevitavelmente, a candidata para o campo de batalha, principalmente contra Tatiana Medeiros.

Com dois minutos e 14 segundos, o marketing de Artur Bolinha (PTB) tentará, de início, apresentá-lo aos campinenses. “Temos consciência que Artur é o candidato menos conhecido, então, basicamente, vamos apresentá-lo, inicialmente a partir das pessoas que o conhecem melhor, como familiares, amigos, colegas de trabalho e empresários com os quais ele convive e que conhecem sua capacidade e competência. Num segundo momento, pela facilidade que ele tem em se comunicar, deixaremos que ele mesmo se apresente e apresente sua história”, explica Emerson Saraiva, publicitário responsável pela campanha do petebista.

A seqüência é encerrada por Guilherme Almeida (PSC), da coligação “Campina Grande ideal”, com dois minutos e 34 segundos. O prefeitável contratou, para comandar sua campanha, o publicitário Lucas Sales, responsável pela campanha de Veneziano em 2004. O marketing vai apostar numa linha propositiva, tentando aproveitar-se de uma eventual saturação do eleitorado em relação aos nomes tradicionais.

Guilherme será tratado como um candidato independente, mas experiente, capaz, portanto, de, sem atrelamento a grupos de poder, conduzir Campina a um processo de desenvolvimento. Nesse ponto, para tentar desvincular sua imagem da atual gestão municipal, alguns torpedos deverão ser direcionados ao governo do PMDB.

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