Porque há tucanos torcendo para que a candidata do PMDB vá ao segundo turno com Romero

É público e notório que a militância tucana prefere que o candidato a prefeito do partido, Romero Rodrigues, vá ao segundo turno com Tatiana Medeiros, do PMDB, e não com Daniella Ribeiro (PP). A razão disso, porém, não está apenas no fato de a pepista ser considerada uma adversária mais difícil para a disputa direta do segundo turno.

Acontece que, como também é público e notório, o PMDB, através do prefeito Veneziano Vital do Rêgo, vem, há algum tempo, fazendo acenos de pacificação para o PSDB, de olho, sobretudo, em 2014. Tanto que até a cantilena do “grupo dos 22 anos” foi deixada de lado, aparecendo apenas na arenga de um ou outro áulico atormentado pela aproximação de janeiro.

O caso é que, se Romero for para o segundo turno com Daniella, o PMDB terá a chance de converter esse aceno em gesto efetivo, buscando celebrar a paz e pedindo o troco. E, no núcleo tucano, não são poucos os que se arrepiam só de pensar na possibilidade de “fusão” dos dois grupos.

Esse sentimento permeia, inclusive, tucanos de alta plumagem, que não querem se ver diante de um dilema dessa natureza. Até porque uma eventual aproximação com a família Vital do Rêgo poderia ter sérias conseqüências, um deles o afastamento do vice-governador Rômulo Gouveia (PSD), que já deixou claro não aceitar acordo nesse sentido.

Em suma, dizem que apoio não se rejeita, mas, para o PSDB, aceitar um eventual apoio do PMDB virou um verdadeiro enigma da esfinge. E quem decifra?

Diante desse impasse, a maioria dos bicudos julga que é mesmo melhor enfrentar os peemedebistas no segundo, porque, assim, o circo continua pegando fogo entre os dois grupos – e cada um fica no seu quadrado.

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