Saída: Leitos ociosos do Pedro I poderão ser alternativa para reduzir superlotação do Trauma

A contratualização pelo estado e/ou município de Campina Grande de 90 leitos que estão ociosos no Hospital Pedro I poderá ser a saída para o equacionamento da superlotação do Hospital Dom Luís Gonzaga Fernandes, referência em urgência e emergência na região do Compartimento da Borborema. Esta hipótese foi levantada nesta terça-feira (14), durante audiência promovida pelo Ministério Público com os secretários estadual e municipal de Saúde e dirigentes hospitalares da cidade. A definição, entretanto, só vai ser conhecida no próximo dia 22, durante uma nova reunião entre as partes.

Até lá, a direção do Hospital Pedro I encaminhará às duas secretarias e à Promotoria de Saúde de Campina Grande os tipos de procedimentos que pode oferecer para justificar a parceria com o estado e/ou município, assim como apresentará a proposta financeira para a prestação do serviço. A sua direção atribui a ociosidade de 90 leitos aos baixos preços pagos pelo SUS, mas estranhamente continua credenciado ao Sistema.

Os promotores da Saúde Adriana Amorim de Lacerda e Luciano de Almeida Maracajá preferiram não se antecipar sobre a solução a ser dada para o caso. Reafirmaram apenas que a superlotação do Hospital de Urgência e Emergência Dom Luís Gonzaga Fernandes deve ser solucionada e que, para tanto, esperam que haja bom senso entre as partes envolvidas na questão. Os promotores afirmaram que querem ver a população sendo assistida com dignidade.

Já o diretor do Dom Luís Gonzaga Fernandes, médico Geraldo Antônio Medeiros, além de ver como viável a contratualização do Pedro I, ainda defende que essa parceria seja estendida aos demais hospitais da rede privada de Campina Grande. “Há momentos em que recebemos até pacientes oncológicos, quando sabemos que na cidade existe estabelecimento para atender este tipo de perfil”, lembrou.

Os secretários estadual e municipal de Saúde, respectivamente Waldson Dias de Souza e Marisa Torres Agra, preferiam esperar pelos dados a serem apresentados pelo Pedro I, enquanto o diretor desta unidade hospitalar, João Clementino Filho, garantiu que o dinheiro que recebe do SUS supre apenas 75% das despesas com os procedimentos realizados pelo estabelecimento.

Participaram também da audiência na Promotoria de Saúde de Campina Grande, o procurador-geral do município, Fábio Henrique Thoma, e os diretores dos hospitais Antônio Targino e João XXIII, Almira Oliveira Pereira Diniz e José Antônio Targino, respectivamente.

Fonte: Ascom MP

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