Depois da impugnação da aliança com o PT, depois de várias derrotas na Justiça Eleitoral, em primeiro e segundo graus, e após a queda nas últimas pesquisas, muita gente já aposta que a candidatura de Daniella Ribeiro (PP), da coligação “Pra Campina crescer em paz”, encontra-se em estágio terminal. Será mesmo?
Na verdade, a queda nas pesquisas era previsível. Daniella despontava como líder absoluta até a campanha começar porque, na verdade, ela era a pré-candidatura mais antiga, e não enfrentava as incertezas quanto a ser ou não candidata que cercava adversários de outros partidos, onde mais de um nome se apresentava para a disputa.
É verdade, também, que os revezes jurídicos implicaram em golpes duríssimos contra as pretensões da pepista. No entanto, a eleição em Campina Grande é, ainda, imprevisível. A única aposta segura é a mesma de meses atrás: Romero Rodrigues (PSDB), da coligação “Por amor a Campina”, deve ir ao segundo turno como o mais votado.
No momento, a disputa pela segunda vaga fica entre Daniella e Tatiana Medeiros (PMDB), da coligação “Campina segue em frente”. Daniella vem caindo, e Tatiana, subindo. Mas, a candidata do PMDB está chegando ao teto de sua capacidade de crescimento, sobretudo diante do quadro de rejeição.
No caso da candidata do PP, não se pode falar em um piso de queda, porque queda em campanhas não têm piso. Porém, Daniella tem carisma e pode, ainda, conseguir estancar essa sangria, se mantendo na disputa pela segunda vaga.
Para isso, além das esperanças num incerto e imprevisível TSE, a deputada precisará corrigir fortemente sua estratégia de campanha, inclusive o guia. Embora tecnicamente muito bem acabado, a linha da propaganda da prefeitável no rádio e na televisão se mostra desencontrada, colocando a candidata em posições controversas que a fragilizam.
É evidente que a candidatura de Daniella Ribeiro vive um instante crítico. Mas, é cedo para dizer que ela esteja fora da disputa. Muito cedo e muito precipitado.
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